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Egito prepara hospitais para receber feridos de Gaza

As autoridades egípcias anunciaram hoje que prepararam pelo menos três hospitais no nordeste do país caso seja necessário transferir feridos do enclave devido à escalada de violência entre fações palestinianas e Israel, a mais grave em sete anos.

Egito prepara hospitais para receber feridos de Gaza
Notícias ao Minuto

15:37 - 14/05/21 por Lusa

Mundo Médio Oriente

As autoridades egípcias anunciaram hoje que prepararam pelo menos três hospitais no nordeste do país caso seja necessário transferir feridos do enclave devido à escalada de violência entre fações palestinianas e Israel, a mais grave em sete anos.

A Autoridade Pública de Cuidados Médicos egípcia anunciou em comunicado, publicado na sua conta oficial de Facebook, que "elevou o nível de preparação de três hospitais para o caso de haver necessidade de retirar feridos de Gaza".

Segundo o chefe da Autoridade, Ahmed al Subki, estas instalações são "o complexo médico de Ismailiya, o hospital Abu Jalifa e o hospital 30 de junho", os dois primeiros situados em Ismailiya e o último em Port Said, ambos no nordeste do país.

No entanto, não foi ainda anunciada a instalação de unidades hospitalares no norte da península do Sinai, a zona mais próxima de Gaza.

Esta decisão insere-se no "plano do Estado egípcio para receber os feridos palestinianos procedentes da Faixa de Gaza, caso exista necessidade de os acolher em território egípcio para receber tratamento", acrescentou Subki.

O mesmo responsável acrescentou que foram canceladas "as férias do Aid al Fitr [que assinala o fim do mês sagrado do Ramadão] de alguns médicos e equipas sanitárias dessas instalações" e precisou que foram asseguradas "reservas de sangue e produtos médicos para garantir a disponibilidade e os materiais necessários para tratamento e resposta rápida".

O Egito, liderado pelo general Abdel Fattah al-Sissi, mediador entre Israel e o movimento islamita palestiniano Hamas, adotou esta decisão na sequência da forte escalada de violência entre Israel e a Faixa de Gaza, que desde segunda-feira já provocou a morte de pelo menos 120 palestinianos, incluindo dezenas de crianças, e fez pelo menos 830 feridos, segundo o ministério da Saúde local.

Os combates, os mais graves desde 2014, iniciaram-se em 10 de maio, após semanas de tensões entre israelitas e palestinianos em Jerusalém Oriental, que culminaram com confrontos na Esplanada das Mesquitas, o terceiro lugar mais sagrado do islão, que fica junto ao local mais sagrado do judaísmo.

Ao lançamento maciço de 'rockets' por grupos armados em Gaza em direção a Israel opõe-se ao bombardeamento sistemático por forças israelitas contra a Faixa de Gaza, para além de incidentes em várias cidades do Estado judaico, incluindo tentativas de linchamento de árabes israelitas, cerca de 20% do conjunto da população.

O conflito israelo-palestiniano remonta à fundação do Estado de Israel, cuja independência foi proclamada em 14 de maio de 1948.

Leia Também: Ofensiva de Israel em Gaza com 50 rondas de bombardeamentos em 40 minutos

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