Jerusalém. Sul-africanos manifestam-se em solidariedade com palestinianos
Várias centenas de sul-africanos, apoiantes históricos do povo palestiniano desde o fim do 'apartheid', manifestaram-se hoje nas ruas da Cidade do Cabo, na sequência de novos confrontos em Jerusalém, comparando a ocupação israelita com o extinto regime segregacionista.
© Getty Images
Mundo Jerusalém
Pedindo o "fim da ocupação ilegal da Palestina" e carregando bandeiras palestinianas, a marcha, liderada por um grupo de jovens com uniformes azuis, entoava "libertem, libertem a Palestina" e "abaixo com Israel" pelas ruas da Cidade do Cabo.
"As pessoas estão a morrer, as pessoas estão a ser deslocadas, as pessoas estão a ficar feridas e a ser tratadas injustamente. Já passámos o mesmo aqui", afirmou Tasneem Saunders, uma professora de 31 anos que participou na manifestação, citada pela agência France-Presse.
Um membro de uma organização da sociedade civil referiu que a violência no território palestiniano lembra "a brutalidade da polícia" e "o regime do 'apartheid'".
O Presidente sul-africano, Cyril Ramaphosa, condenou na segunda-feira, em nome do Congresso Nacional Africano (ANC, na sigla em inglês), o partido no poder, as "expulsões ilegais de palestinianos das suas casas" e "os ataques brutais contra os manifestantes palestinianos" na Esplanada das Mesquitas.
A tensão em Jerusalém Oriental, a zona palestiniana da cidade ocupada e anexada por Israel, tem aumentado nas últimas semanas e os confrontos na Esplanada das Mesquitas, na Cidade Velha e sagrada para muçulmanos e judeus, entre palestinianos e polícia israelita causaram centenas de feridos nos últimos dias.
Na segunda-feira, a violência aumentou com o lançamento de 'rockets' da Faixa de Gaza contra Israel e ataques aéreos israelitas contra este território palestiniano.
De acordo com o mais recente balanço do Ministério da Saúde em Gaza, desde o pôr-do-sol de segunda-feira, 26 palestinianos - incluindo nove crianças e uma mulher - foram mortos em Gaza, a maioria nos ataques aéreos.
Durante o mesmo período os 'rockets' disparados a partir de Gaza mataram dois civis israelitas (duas mulheres) e feriram 10 outros.
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