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UE. Costa diz que região Indo-Pacífico vai ser a vanguarda geopolítica

A região Indo-Pacífico vai ser a nova vanguarda geopolítica nas próximas décadas, disse hoje o primeiro-ministro, António Costa, durante uma reunião empresarial com membros do governo indiano e associações empresariais.

UE. Costa diz que região Indo-Pacífico vai ser a vanguarda geopolítica
Notícias ao Minuto

18:49 - 08/05/21 por Lusa

Mundo UE/Presidência

"É o tempo de encararmos o potencial das nossas economias, quer do ponto de vista bilateral quer do ponto de vista da região Indo-Pacífico que vai ser a vanguarda da geopolítica e da economia nas próximas décadas. A Índia tem um papel decisivo e a União Europeia quer estar presente", disse António Costa numa reunião de negócios entre a UE e a Índia, no Porto, realizada em paralelo à Cimeira UE-Índia.

No início da intervenção, António Costa, que falou após Shri Piyush Goyal, ministro do Comércio e Indústria do governo indiano, disse que falava como europeu e como titular de um passaporte da República da Índia.  

"Estou muito contente por estar aqui, na minha dupla condição de cidadão europeu e como cidadão ultramarino da Índia", disse António Costa que exibiu os passaportes de Portugal (União Europeia) e o documento de viagem azul da República da Índia, enquanto o ecrã da conferência virtual o identificava como "Tony ACosta".

Como líder da presidência portuguesa do Conselho da União Europeia, António Costa afirmou que o bloco europeu é o primeiro parceiro comercial da Índia tendo as trocas comerciais aumentado 72% na última década. 

Os europeus são também os estrangeiros que mais investem na Índia, com seis mil companhias da UE implantadas no mercado indiano, gerando "milhões de empregos" diretos e indiretos no país. 

"A Índia afirma-se regionalmente e globalmente um parceiro com novas oportunidades para a cooperação com a Europa. Uma relação mais ambiciosa entre a União Europeia e a Índia vai certamente ter um impacto global no comércio e no investimento e vai ajudar a balancear e a diversificar as parcerias com a Europa, que estão a mudar no contexto da 'ordem internacional'", disse António Costa, referindo-se aos pontos da declaração final da Cimeira.

Para o primeiro-ministro de Portugal, os compromissos conjuntos são "importantes" na luta contra as alterações climáticas, na criação de um novo ambiente para as relações comerciais, no investimento e na digitalização.  

Hoje, no Porto, a UE e a Índia concordaram relançar as negociações para um acordo comercial e negociações para um acordo de proteção de investimentos.

"Foi estabelecida a rota para conseguir os objetivos, tendo sido renovado um novo ímpeto político nas relações entre a União Europeia e a Índia, sublinhando as parcerias em matérias como o clima e aceleração do uso de energias renováveis, através, nomeadamente, da modernização do mercado de eletricidade", disse ainda António Costa na reunião sobre negócios. 

"As nossas contribuições são decisivas para o bem-estar dos nossos cidadãos. A Índia é um parceiro estratégico da União Europeia e o contrário também é verdade. A Índia é o segundo país mais populoso do mundo e é o grande mercado do futuro. A União Europeia é o maior bloco comercial, com um mercado pautado por regras transparentes e regulações" acrescentou.

António Costa recordou ainda que a UE ativou os mecanismos de proteção civil para "responder de forma rápida" aos pedidos de auxílio da Índia na luta contra a segunda vaga da pandemia de covid-19 no país.  

No encontro de negócios participaram, entre outros, António Costa, o ministro do Comércio e Indústria da República da Índia, o presidente da Business Europe, Pierre Galtaz, e o presidente designado da Confederação Indiana da Indústria, T.V. Narendran. 

Na reunião participou igualmente a Confederação Empresarial de Portugal (CIP) ?????que acredita na criação de uma nova plataforma no sentido da cooperação e do empreendedorismo com a Índia.??

"Estabelecemos uma agenda ambiciosa. Queremos não apenas aproximar os nossos empresários, mas também definir a agenda em múltiplas áreas, para que as empresas se tornem veículos da aproximação entre os dois blocos económicos", disse António Saraiva, presidente da CIP na mesma reunião de negócios.

Leia Também: Costa afirma que CE deu apoio para nova primazia das políticas sociais

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