Meteorologia

  • 04 MAIO 2024
Tempo
17º
MIN 13º MÁX 21º

Partidos da oposição pedem novas manifestações contra junta militar

Um conjunto de partidos da oposição e de organizações da sociedade civil do Chade apelou hoje para novas manifestações no sábado contra a junta militar que tomou posse após a morte do presidente Idriss Déby Itno.

Partidos da oposição pedem novas manifestações contra junta militar
Notícias ao Minuto

17:52 - 06/05/21 por Lusa

Mundo Chade

"Estamos a lançar um apelo urgente a todas as organizações da sociedade civil que ainda não estão envolvidas na luta para se juntarem sem demora à mobilização popular", afirmou hoje o coordenador do coletivo Wakit Tamma, Max Loalngar.

Numa conferência de imprensa citada pela agência France-Presse (AFP), Loalngar atacou a "junta no poder" que formou o que disse ser um "Governo fantoche".

Oposição e sociedade civil organizaram já manifestações contra o Conselho Militar de Transição (CMT) em 29 de abril, tendo estas sido violentamente reprimidas pelas forças de segurança estatais.

Pelo menos seis pessoas morreram na capital, N'djamena, e no sul do país, segundo os números oficiais das autoridades, embora uma organização não-governamental local remeta para nove o número de fatalidades.

Mais de 600 pessoas foram presas e, atualmente, as manifestações estão sistematicamente proibidas pelo poder.

Em 20 de abril, o porta-voz do Exército, Azem Bermando Agouna, anunciou a morte de Idriss Déby Itno, a revogação da Constituição, a dissolução do Governo e do parlamento e a criação do CMT, um órgão liderado por Mahamat Idriss Déby, filho de Déby Itno, e composto por outros 14 generais.

Mahamat Idriss Déby assumiu então o título de Presidente da República do Chade e prometeu eleições "livres e democráticas" no espaço de 18 meses.

No domingo, Mahamat Idriss Déby designou por decreto 40 ministros e secretários de Estado, tendo sido ainda anunciado um novo ministério da Reconciliação Nacional e do Diálogo.

O novo cargo da Reconciliação Nacional e do Diálogo foi atribuído a Acheick Ibn Oumar, antigo chefe rebelde que em 2019 se tornou conselheiro diplomático da presidência.

O cenário político no Chade tornou-se incerto depois da morte de Déby Itno, que liderou o país com punho de ferro durante 30 anos.

Vários partidos da oposição, incluindo o principal opositor Saleh Kebzabo, juntaram-se ao governo de transição, tal como Mahamat Ahmat Alhabo, outro opositor, que foi nomeado ministro da Justiça.

O partido de Kebzabo retirou-se, desde então, do coletivo Wakit Tamma.

"O nosso partido retirou-se e não pede manifestações no sábado", disse Kebzabo à AFP.

Leia Também: França saúda formação de governo de transição no Chade

Recomendados para si

;
Campo obrigatório