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General Mahamat Idriss Déby substitui pai como chefe de Estado do Chade

O General Mahamat Idriss Déby, chefe do Conselho Militar de Transição (CMT), criado terça-feira após a morte do seu pai, "ocupa o cargo de Presidente da República" do Chade, de acordo com uma Carta de Transição publicada hoje.

General Mahamat Idriss Déby substitui pai como chefe de Estado do Chade
Notícias ao Minuto

11:38 - 21/04/21 por Lusa

Mundo Chade

A Carta de Transição revoga a Constituição anterior e será executada como "lei fundamental da República", de acordo com o documento.

O filho de Idriss Déby Itno, Presidente do Chade falecido na terça-feira, um general do exército de 37 anos, é também agora "o chefe supremo das Forças Armadas".

Na terça-feira, o novo líder do Chade nomeou, por decreto, 14 outros generais, todos muito próximos do seu falecido pai, para o CMT, entidade que governará o país num período de transição de 18 meses até à realização de "eleições livres e democráticas".

Ainda segundo a carta publicada hoje, Mahamat Idriss Déby lidera "o Conselho Militar de Transição, o Conselho de Ministros e os conselhos e comissões superiores de Defesa Nacional".

O novo chefe de Estado promulga as leis adotadas pelos 69 membros do Conselho Nacional de Transição, que são nomeados diretamente por Mahamat Idriss Déby.

A Carta Transitória do Artigo 95 também garante a liberdade de "opinião, consciência e culto".

De acordo com o documento, é estabelecido um Governo de transição, cujos membros são nomeados e demitidos por Mahamat Idriss Déby. "Os membros do exército chamados ao Governo de transição são exonerados de todas as funções militares", declara-se na carta.

Idriss Déby Itno, 68 anos, um oficial militar de carreira que tomou o poder em 1990 num golpe e foi promovido ao posto de marechal de campo em agosto último, foi reeleito no passado dia 11 para um mandato de seis anos com 79,32% dos votos, de acordo com os resultados provisórios anunciados na segunda-feira à noite pela comissão eleitoral nacional.

Ministros e oficiais de alta patente deram conta na segunda-feira que o chefe de Estado tinha visitado a linha da frente para se juntar ao seu exército, que enfrentava uma coluna de rebeldes, que tinham lançado uma ofensiva a partir de bases recuadas na Líbia no dia das eleições.

O Ministério dos Negócios Estrangeiros do Sudão expressou hoje a sua "grande preocupação" com o "feroz conflito" entre Governo e rebeldes no país com quem partilha uma longa fronteira.

"O Sudão segue com grande preocupação os atuais desenvolvimentos no seu irmão Chade e a luta feroz pelo poder entre o Governo e as forças da oposição", escreveu o departamento das relações externas do Sudão na plataforma social Twitter.

O Sudão apelou também às partes em conflito para que "parassem os combates de forma a garantir a segurança e estabilidade do Chade e a segurança dos seus cidadãos", assim como de toda a região.

Os confrontos entre os rebeldes e o Exército chadiano no maciço de Tibesti, que faz fronteira com a Líbia, são frequentes.

Em fevereiro de 2019, uma outra incursão com o objetivo de derrubar Idriss Déby Itno foi travada pela intervenção de caças bombardeiros da força aérea francesa, solicitada por N'Djamena.

Leia Também: Filho de Déby Itno vai liderar conselho militar que assume poder no Chade

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