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Filho de Déby Itno vai liderar conselho militar que assume poder no Chade

Mahamat Idriss Déby Itno, comandante da guarda presidencial, filho do Presidente chadiano, Idriss Déby Itno, falecido hoje na sequência de ferimentos em combate, vai dirigir um conselho militar que assumirá o poder no país, anunciou o exército chadiano.

Filho de Déby Itno vai liderar conselho militar que assume poder no Chade
Notícias ao Minuto

13:10 - 20/04/21 por Lusa

Mundo Exército

"Foi criado um conselho militar chefiado pelo seu filho, o general Mahamat Idriss Déby Itno" (37 anos), anunciou o porta-voz do exército, general Azem Bermandoa Agouna, numa declaração transmitida na rádio estatal, pouco depois de anunciar a morte do chefe de Estado, cuja reeleição para um sexto mandato tinha sido anunciada esta segunda-feira.

"O conselho reuniu-se imediatamente e promulgou a Carta de Transição", acrescentou Bermandoa Agouna.

O Presidente do Chade, Idriss Déby Itno, no poder há 30 anos, morreu hoje de ferimentos sofridos enquanto comandava o seu exército na luta contra rebeldes no norte durante o fim-de-semana, anunciou o porta-voz.

"O Presidente da República, chefe de Estado, chefe supremo do Exército, Idriss Déby Itno, acaba de dar o seu último suspiro, enquanto defendia a integridade territorial no campo de batalha", disse Azem Bermandoa Agouna, numa declaração lida na estação pública de televisão chadiana, TV Tchad.

"É com profunda amargura que anunciamos ao povo chadiano a morte esta terça-feira, 20 de abril de 2021, do marechal do Chade", acrescentou Bermandoa Agouna.

Déby, 68 anos, um oficial militar de carreira que tomou o poder em 1990 num golpe e foi promovido ao posto de marechal de campo em agosto último, foi reeleito no passado dia 11 para um mandato de seis anos com 79,32% dos votos, de acordo com os resultados provisórios anunciados esta segunda-feira à noite pela comissão eleitoral nacional.

Ministros e oficiais de alta patente deram conta na segunda-feira que o chefe de Estado tinha visitado a linha da frente para se juntar ao seu exército, que enfrentava uma coluna de rebeldes, que tinham lançado uma ofensiva a partir de bases recuadas na Líbia no dia das eleições, 11 de abril.

Os rebeldes, que o exército começou por dizer na segunda-feira que tinha derrotado nos combates, afirmaram numa declaração que Déby tinha sido ferido, mas a informação não tinha até agora sido confirmada por fontes oficiais.

O Exército chadiano anunciou na segunda-feira que tinha provocado mais de 300 baixas entre os rebeldes, que haviam iniciaram há oito dias uma incursão no norte do país, e que tinha perdido cinco soldados em combate no passado sábado.

O grupo rebelde FACT ('Front for Change and Concord in Chad') lançou uma ofensiva a partir das suas bases de retaguarda na Líbia no passado dia 11, dia das eleições presidenciais, cuja vitória foi ontem atribuída a Deby.

"Mais de 300 rebeldes foram neutralizados no campo do inimigo" no passado sábado, disse na segunda-feira o próprio Bermandoa Agouna, acrescentando que a ofensiva rebelde nas províncias de Tibesti e Kanem tinha "terminado".

Bermandoa disse ainda nessas primeiras declarações que 36 soldados foram feridos nos combates de sábado e que 150 rebeldes tinham sido feitos prisioneiros, "incluindo três líderes".

O FACT, pelo seu lado, informou numa declaração no domingo que tinha "libertado a região de Kanem", onde os combates tiveram lugar no sábado.

Os confrontos entre os rebeldes e o exército chadiano no maciço de Tibesti, que faz fronteira com a Líbia, são frequentes.

Em fevereiro de 2019, uma outra incursão com o objetivo de derrubar Idriss Déby Itno, foi travada pela intervenção de caças bombardeiros da força aérea francesa, solicitada por N'Djamena.

Leia Também: Presidente do Chade morre após ser ferido na frente de combate

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