Ucrânia sanciona responsáveis russos e eurodeputados franceses
A Ucrânia impôs sanções a mais de 20 responsáveis russos e três deputados franceses de extrema-direita no Parlamento Europeu por se terem deslocado sem autorização de Kiev à Crimeia, a península anexada por Moscovo em 2014.
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Mundo Ucrânia
A lista de pessoas sancionadas por decisão do Conselho de Segurança e Defesa ucraniano foi publicada na noite de terça-feira no portal da Presidência na Internet e as restrições proíbem a sua entrada na Ucrânia e congelam os seus bens no país, caso os possuam.
Inclui 23 russos, em particular empregados do Ministério do Interior e dos serviços de segurança de Moscovo, e ainda mais de 80 sociedades e 'media' russos, incluindo a agência noticiosa estatal TASS e a corporação mediática pró-Kremlin Rossiya Segodnia.
Os três franceses incluídos são Virginie Joron, Jean-Lin Lacapelle e Philippe Olivier, membros da fação de extrema-direita Identidade e Democracia (ID) no Parlamento Europeu.
Joron e Lacapelle são igualmente membros do partido francês União Nacional (RN), dirigido por Marine Le Pen.
Apesar de a lista não indicar o motivo pelo qual foram sancionados, os três franceses deslocaram-se em 2020 à Crimeia, a península anexada por Moscovo em março de 2014 após uma operação militar e um referendo de reunificação considerado ilegal por Kiev e os ocidentais.
Após a anexação, as autoridades de Kiev apenas reconhecem como legais as entradas na Crimeia a partir do seu território, através da fronteira terrestre e com a sua autorização.
Moscovo, que controla a península, concluiu em 2018 uma gigantesca ponte rodoviária e ferroviária que liga o seu território à península, também servido por diversas companhias aéreas russas e um popular destino turístico.
Estas sanções ocorrem na sequência das medidas adotadas em fevereiro por Kiev contra Viktor Medvedtchuk, deputado ucraniano próximo do Presidente russo Vladimir Putin, e de sua mulher. Uma decisão que o seu partido designou de "ato de repressão política".
No início de fevereiro, o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, também proibiu três cadeias televisivas consideradas pró-russas e definidas pelas autoridades de Kiev como "um instrumento de guerra contra a Ucrânia".
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