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Constituição angolana deve adaptar-se a novas realidades, diz Presidente

O Presidente angolano considerou hoje que a preocupação com a estabilidade dos princípios basilares e a longevidade da Constituição não devem "eclipsar a permanente análise" daquela lei e a sua adaptação a novas realidades e contextos.

Constituição angolana deve adaptar-se a novas realidades, diz Presidente
Notícias ao Minuto

11:32 - 18/03/21 por Lusa

Mundo Angola

Esta posição do chefe de Estado angolano, João Lourenço, foi expressa na mensagem que enviou ao presidente da Assembleia Nacional, Fernando da Piedade Dias dos Santos, quando submeteu a proposta de revisão pontual da Constituição da República, que hoje está em apreciação no parlamento angolano.

O documento, lido pelo chefe da Casa Civil do Presidente da República, Adão de Almeida, antes da apresentação da proposta, sublinha que a Constituição da República de Angola, em vigor desde 05 de fevereiro de 2010, é o principal instrumento jurídico, político e programático de estruturação e organização do Estado e da sociedade.

Segundo o Presidente angolano, durante os 11 anos de vigência da lei magna do país, confirma-se a sua qualidade, enquanto Constituição adequada à realidade angolana, à assertividade dos seus princípios fundamentais e à sua capacidade de definir um projeto de sociedade em que os angolanos se revejam.

"É minha convicção que devemos continuar a trabalhar para a consolidação dos princípios fundamentais da nossa ordem constitucional, para a contínua estabilidade constitucional e consequente estabilidade política e institucional e para que tenhamos uma Constituição o mais possível ajustada à nossa realidade", disse João Lourenço.

Para o titular do poder executivo angolano, a Constituição deve continuar a ser "o principal instrumento de garantia da unidade nacional e de afirmação de uma Angola una e indivisível, de afirmação e de estruturação de um Estado de Direito democrático, de garantia de uma sociedade plural em que todos são iguais perante a lei" e onde as "opções políticas, ideológicas, religiosas, culturais ou outras sejam por todos respeitadas".

João Lourenço realçou que a desejada estabilidade e a longevidade ativa ansiada do texto constitucional dependem também da sua capacidade de não se deixar ultrapassar pela dinâmica social e de estar permanentemente atenta às relevantes mutações políticas, institucionais, económicas e sociais.

A proposta de revisão pontual da Constituição da República visa, entre outros aspetos, prosseguiu João Lourenço, "clarificar os mecanismos constitucionais de fiscalização política do parlamento sobre o poder executivo, de modo a melhorar o posicionamento e a relação institucional entre os dois órgãos de soberania, assegurar o direito de voto aos cidadãos angolanos no exterior do país".

A alteração pretende ainda "consagrar constitucionalmente o Banco Nacional de Angola como uma entidade administrativa independente do poder executivo, a desconstitucionalização do princípio do gradualismo na institucionalização efetiva das autarquias locais".

"Julguei ser oportuno propor algumas clarificações e a correção de algumas imprecisões, de modo que possamos ter uma Constituição adaptada ao momento e ao contexto", referiu João Lourenço na sua mensagem.

O Presidente manifestou o desejo se que haja "um debate atento, inclusivo e profundo e que o mesmo traga contribuições diferentes e congregadoras sobre os temas propostos" no sentido de que a "Constituição continue viva, estável e adequada aos desafios estruturantes do país".

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