Junta militar acusa Suu Kyi de aceitar ilegalmente 504 mil euros e ouro
Os generais no poder de Myanmar anunciaram novas acusações contra Suu Kyi. Não apresentaram provas das mesmas.
© Reuters
Mundo Golpe militar em Myanmar
A junta militar birmanesa apresentou esta quinta-feira novas acusações contra Aung San Suu Kyi, a líder civil do governo deposto no golpe militar de 1 de fevereiro. A BBC avança que Suu Kyi foi acusada de aceitar de forma ilegal 504 mil euros e ouro, que os militares dizem estar avaliado em 525 mil euros.
Estas são as acusações mais graves feitas pela junta militar, embora não tenham apresentado provas das mesmas.
A junta também acusou o presidente, Win Myint, e vários ministros depostos de corrupção.
Aung San Suu Kyi, uma laureada com o Prémio Nobel da Paz, está detida há cinco semanas num local desconhecido e enfrenta várias acusações, que vão desde causar “medo e alarme” a possuir de forma ilegal equipamento de rádio. Também foi acusada de violar as medidas restritivas para combater a pandemia.
O partido de Suu Kyi, a National League for Democracy (NLD) ganhou de forma inequívoca as eleições do ano passado, mas os militares derrubaram o governo e alegam que houve fraude no processo eleitoral.
Desde então, milhares de birmaneses têm protestado diariamente nas ruas do país. A polícia e o exército birmanês tem respondido a esses protestos com uma repressão cada vez mais violenta e tem sido frequente o recurso a munições reais.
Esta quinta-feira, as forças de autoridades mataram pelo menos sete pessoas, o que fez aumentar o número total de mortos nos protestos em Myanmar para mais de 60.
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