A relatora da comissão parlamentar, Caroline Abadie, deputada do partido no poder (LREM), apresentou hoje, numa videoconferência de imprensa, 57 propostas, ao fim de mais de 10 meses de trabalho e 100 horas de audições.
O "museu da história da colonização", disse Abadie, deveria ser "ser digital e itinerante", pois um museu apenas "localizado numa grande cidade francesa" não permitiria "falar com todos os franceses".
"Todas as histórias da França", e em particular "as polémicas", defendeu, "poderiam ser proveitosamente recolhidas num museu", para que "possam encontrar um pouco de serenidade".
As propostas são uma "resposta universalista determinada" ao nível "extremamente preocupante" de racismo e anti-semitismo na França, disse Abadie.
Outra proposta é a instalação em espaços públicos de estrelas em homenagem "aos heróis que souberam lutar contra a escravatura e a colonização".
A Comissão defende ainda um aumento de cargos de professores e conferencistas dedicados aos temas do genocídio, escravatura e colonização e o aumento para 10 milhões de euros da dotação anual para a luta contra o racismo, o anti-semitismo e anti-LGBT.
A luta contra o racismo anti-cigano deverá merecer "atenção específica" e a denúncia online de casos de racismo deve ser "mais amplamente desenvolvida", devido à "subnotificação" destes casos, defende ainda o relatório.