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Governo afegão rejeita proposta dos EUA para acelerar acordo de paz

O Governo afegão rejeitou hoje a proposta feita pelo chefe da diplomacia norte-americana, Antony Blinken, para acelerar as negociações de paz com os talibãs, que estão paradas há várias semanas.

Governo afegão rejeita proposta dos EUA para acelerar acordo de paz
Notícias ao Minuto

13:35 - 08/03/21 por Lusa

Mundo Afeganistão

"A nossa pobreza e dependência do mundo exterior não significam que devamos aceitar pedidos ilegítimos", disse o primeiro vice-Presidente afegão, Amrullah Saleh, depois de ter recebido uma carta com a proposta norte-americana dirigida ao Presidente afegão, Ashraf Ghani.

Saleh reconheceu que o relacionamento de Kabul "com o mundo ocidental e com os Estados Unidos é fundamental e baseia-se em interesses mútuos", mas afirmou que, embora os poderes estrangeiros sejam livres para decidir sobre a sua presença militar no Afeganistão, eles não têm controlo sobre o destino do Afeganistão.

Em fevereiro de 2020, os Estados Unidos estabeleceram um acordo com os talibãs, comprometendo-se a retirar o seu efetivo militar do Afeganistão, sob a condição de os rebeldes impedirem o desenvolvimento de núcleos terroristas na região e entenderem-se com o Governo afegão num tratado de paz.

"Os americanos e ocidentais estão no seu direito de organizar conferências, dar entrevistas, escrever cartas e negociar com os talibãs sobre o que fazer com os 2.500 soldados dos EUA e os vários milhares de soldados da NATO. Mas também é nosso direito legítimo não submeter o destino de 35 milhões de afegãos ao calendário dos outros", disse o vice-Presidente.

Na sua carta dirigida a Ghani, Antony Blinken propôs quatro pontos para acelerar o processo de paz afegão, que está parado há seis meses, provocando um aumento de violência no Afeganistão.

Entre esses pontos encontra-se a ideia de organizar uma reunião entre os governos da Rússia, China, Paquistão, Irão, Índia e EUA, sob os auspícios da ONU, para tentar conseguir a paz no Afeganistão.

A proposta do chefe da diplomacia norte-americana também indica que o Governo dos EUA desenvolveu um plano para reduzir a violência por parte dos talibãs.

Após a tomada de posse de Joe Biden como Presidente dos Estados Unidos, em janeiro, os EUA prometeram rever o acordo com os talibãs e ainda não esclareceram se pretendem retirar os cerca de 2.500 soldados que ainda se encontram no Afeganistão nos próximos meses, como ficara inicialmente previsto.

Leia Também: Representante dos EUA visita Afeganistão para promover negociações de paz

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