Bolsonaro cede a camionistas na isenção de impostos sobre diesel e gás

O Presidente do Brasil cedeu às pressões do sindicato dos camionistas, que ameaçava uma paralisação geral contra o aumento dos preços dos combustíveis, e anunciou a isenção de impostos sobre diesel e gás durante dois meses.

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Lusa
19/02/2021 06:21 ‧ 19/02/2021 por Lusa

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"A partir de 1.º de março, não haverá mais imposto federal sobre o diesel por dois meses. Nos próximos dois meses, vamos estudar uma forma definitiva de eliminar esse imposto para ajudar a equilibrar esse aumento excessivo da Petrobras", declarou, na quinta-feira, Jair Bolsonaro, na transmissão semanal em vídeo na rede social Facebook.

Apesar de defender a autonomia da Petrobras e reiterar que o Governo não pode intervir na petrolífera estatal, o chefe de Estado criticou a companhia pelo aumento dos preços dos combustíveis, principalmente do diesel.

Bolsonaro acrescentou serem necessárias mudanças e adiantou que "algo vai acontecer" na maior empresa do país, sem dar pormenores.

Três impostos federais aplicados aos combustíveis correspondem a 9% do preço, enquanto que outros 14% são cobrados pelos estados.

Há duas semanas, os camionistas ameaçaram realizar uma greve geral.

Em 2018, aquele sindicato, que apoiou o líder de extrema-direita nas presidenciais que Bolsonaro venceu no mesmo ano, tinha convocado uma paralisação geral para protestar contra o aumento dos preços de combustível, portagens, impostos e fretes.

Ainda na quinta-feira, a Associação Brasileira dos Condutores de Veículos Automotores (Abrava) pediu, em comunicado, a Bolsonaro para cumprir a promessa de não deixar o preço do diesel subir excessivamente.

No mesmo vídeo, o Presidente brasileiro anunciou ainda a isenção de impostos federais sobre o gás doméstico, ou 3% do valor total da garrafa, com um preço médio de 90 reais (cerca de 15 euros), dos quais, segundo Bolsonaro, mais de metade corresponde à distribuição e taxas fiscais dos estados.

"Há fatores externos. Quando há um inverno excessivo, há um consumo maior de gás e de combustíveis, e com a procura sendo maior, o preço sobe. A Arábia Saudita prepara-se para aumentar a produção e isso pode baixar o preço do petróleo", afirmou.

"O dólar está alto, mas tem de baixar e como pode baixar? Com reformas estruturais para despertar a segurança do investidor. Se Deus quiser, acalmamos o mercado, o dólar cai e o combustível desce", acrescentou o chefe de Estado brasileiro.

 

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