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Ébola: RDCongo regista segundo caso no nordeste do país

A República Democrática do Congo (RDCongo) confirmou hoje a existência de um segundo caso de Ébola no país, depois da morte de uma mulher, no nordeste do país, três meses depois do fim declarado do mais recente surto.

Ébola: RDCongo regista segundo caso no nordeste do país
Notícias ao Minuto

16:23 - 11/02/21 por Lusa

Mundo Ébola:

A segunda morte confirmada, uma agricultora de 60 anos, em 10 de fevereiro, na zona sanitária de Masoya, território de Butembo, província de Kivu-Norte, estará ligado ao primeiro caso, que morreu no dia 03.

"O trabalho de vigilância continua e também foram registados todos os contactos suspeitos", que agora totalizam 172, disse o coordenador nacional da resposta congolesa ao Ébola, Steve Ahuka, citado pela agência noticiosa Efe.

Ahuka enalteceu a "colaboração muito boa com as comunidades locais".

Segundo o portal noticioso congolês Actualité, além da listagem dos contactos, está também a decorrer a desinfeção dos locais visitados pelos pacientes afetados.

Na quarta-feira, Ahuka defendeu que o país conseguirá pôr um fim a este novo surto de Ébola, mas admitiu que a RDCongo enfrenta um "risco permanente" de novas epidemias.

"Com a experiência e os meios de que dispomos em termos de vacinas, e confinado no apoio dos nossos parceiros, vamos acabar rapidamente com esta epidemia", disse então o coordenador de saúde da resposta ao Ébola à agência espanhola de notícias.

No domingo, as autoridades de saúde anunciaram a morte, em 01 de fevereiro, de uma mulher agricultora que era casada com uma vítima da doença.

Esta vítima mortal tinha apresentado os primeiros sintomas dois dias antes em Biena, uma cidade no território de Lubero, também em Kivu-Norte.

Estes casos ocorrem cerca de três meses depois de, em 18 de novembro, a RDCongo ter anunciado o fim do 11.º surto de Ébola no país, que matou 55 pessoas e infetou outras 150, segundo números oficiais.

Na altura tinham decorrido cerca de cinco meses desde que, em finais de junho, fora declarado extinto o 10.º surto, que atingia desde agosto de 2018 três províncias do norte do país e provocou a morte a 2.280 pessoas, segundo números da Organização Mundial de Saúde (OMS).

Esse surto foi o mais grave no país e o segundo mais grave no mundo, depois da epidemia de Ébola que assolou a África ocidental entre 2014 e 2016, com 11.300 mortos e mais de 28.500 casos de infeção.

O Ébola transmite-se por contacto direto com sangue ou outros fluidos e secreções corporais de pessoas ou animais infetados. O vírus provoca febre hemorrágica e pode alcançar uma taxa de mortalidade de 90%.

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