Agentes do FBI mortos costumavam investigar casos de pornografia infantil
Dan Alfin e Laura Schwartzenberger tinham uma reputação sólida na investigação deste tipo de casos. Homem que os assassinou era suspeito de ter na sua posse material com pornografia infantil.
© Jim Bourg/Reuters
Mundo Tiroteios EUA
Os dois agentes do FBI que foram mortos esta terça-feira em Sunrise, na Flórida, no decurso de um mandado para realizar buscas num apartamento, tinham uma reputação sólida na investigação de casos de pornografia infantil e de exploração sexual, adianta o Miami Herald. O diretor do FBI, Christopher Wray, identificou Dan Alfin e Laura Schwartzenberger como os agentes mortos no tiroteio de hoje.
“Todos os dias, agentes especiais do FBI colocam-se em perigo para manterem o povo americano seguro. O agente especial Alfin e a agente especial Schwartzenberger exemplificaram o heroísmo hoje em defesa do nosso país. O FBI vai sempre honrar o seu derradeiro sacrifício e vai estar sempre agradecido pela sua bravura”, assinalou Wray num comunicado divulgado.
Dan Alfin, que tinha 36 anos, trabalhou em diversos casos mediáticos. Em março do ano passado, ajudou a construir um caso contra Rene Pedrosa, um antigo assessor do ‘mayor’ de Miami, que foi acusado de ter produzido material de pornografia infantil e de coagir um menor a envolver-se em atividades sexuais.
Também participou na Operação Pacifier, que foi concebida para investigar crimes na dark web e apreender pornografia infantil que constava num site chamado Playpen. O fundador do Playpen, Steven W. Chase, foi condenado a uma pena de 30 anos de prisão em 2017.
“É o mesmo que em qualquer violação criminal: à medida que eles ficam mais espertos, nós adaptamo-nos, e encontramo-los. É um jogo do gato e do rato, exceto que não é um jogo. Crianças estão a ser abusadas, e o nosso trabalho é acabar com isso”, disse num relato sobre o caso Playpen publicado no site do FBI.
Já Laura Schwartzenberger trabalhou em diversas investigações sobre exploração sexual de crianças. Em 2018, a agente especial falou a uma televisão de West Palm Beach para alertar para um esquema de extorsão em que os suspeitos alegavam de forma falsa ter acedido às webcams de pessoas, e depois pediam-lhes dinheiro para não divulgarem fotografias comprometedoras.
Special Agent Laura Schwartzenberger giving a lesson on cyber safety in Law Studies! @MDCPS @MDCPSCentral @MDCPSSocStudies @miamimagnets pic.twitter.com/pRPEhT27F2
— Rockway MS (@rmsfalcons) October 20, 2016
O homem que disparou contra os agentes do FBI que tinham um mandado de busca para o seu apartamento, era suspeito de estar na posse de pornografia infantil. O homem foi encontrado morto horas depois de se ter barricado na habitação.
O FBI não revelou pormenores sobre as circunstâncias da sua morte, mas uma fonte afirmou ao Miami Herald que o suspeito se terá suicidado.
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