Kosovo anuncia estabelecimento de relações diplomáticas com Israel

O Kosovo, território de maioria muçulmana, vai normalizar hoje as suas relações com Israel, numa cerimónia virtual, e abrir uma embaixada na cidade disputada de Jerusalém, indicou no Twitter a ministra dos Negócios Estrangeiros.

Kosovo proíbe alteração das fronteiras no diálogo com a Sérvia

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Lusa
01/02/2021 14:45 ‧ 01/02/2021 por Lusa

Mundo

Kosovo

 

A decisão anunciada por Meliza Haradinaj-Stublla surge na sequência do acordo firmado em Washington em 04 de setembro com o ex-Presidente Donald Trump sobre a normalização das relações económicas entre Belgrado e Pristina, na presença do primeiro-ministro do Kosovo, Avdullah Hoti, e do chefe de Estado sérvio Aleksandar Vucic.

Na ocasião, Trump anunciou como contrapartida que o Kosovo e Israel iriam estabelecer relações diplomáticas.

"O reconhecimento por parte de Israel é um dos maiores sucessos para o Kosovo e chega num momento crucial para nós, graças aos Estados Unidos, nosso aliado comum e eterno", escreveu Haradinaj-Stublla num 'tweet'.

O acordo será firmado na tarde de hoje numa cerimónia virtual pela chefe da diplomacia kosovar e o seu homólogo israelita, Gabi Ashkenazi.

No âmbito de uma troca de reconhecimento mútuo, Israel reconheceu oficialmente o Kosovo, a antiga província da Sérvia que autoproclamou a independência em 2008, juntando-se assim à maioria dos EUA e dos Estados-membros da União Europeia, mas não à Sérvia, Rússia ou China, entre outros países.

"Hoje escrevemos história, estabelecemos relações diplomáticas entre Israel e o Kosovo. É a primeira vez que relações diplomáticas são estabelecidas por zoom", declarou Gabi Ashkenazi.

O Kosovo decidiu reconhecer a cidade de Jerusalém como capital de Israel, enquanto o Estado judaico se tornou hoje "o 117.º país a reconhecer a república do Kosovo na qualidade de país independente e soberano", congratulou-se Haradinaj-Stublla.

Washington decidiu durante a presidência de Bill Clinton apoiar a luta pela independência do Kosovo, que hoje se afirma como profundamente pró-EUA.

Esta normalização surge na sequência dos acordos, nos últimos meses, entre o Estado hebreu e quatro países árabes -- Emirados Árabes Unidos, Bahrein, Sudão e Marrocos --, mas que recusaram reconhecer Jerusalém como capital de Israel.

 

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