O Supremo Tribunal da antiga província sérvia decidiu no mês passado que a nomeação do gabinete de Avdullah Hoti pelo Parlamento, em junho, por uma única maioria de votos, era inválida, devido à condenação por corrupção de um deputado.
A Presidente interina, Vjosa Osmani, "dissolveu" o Parlamento e "convocou eleições parlamentares antecipadas para 14 de fevereiro", segundo um comunicado do seu gabinete.
As eleições antecipadas têm-se multiplicado no Kosovo, levando ao cansaço da população com as instituições de um território onde a pobreza é generalizada. Desde a declaração de independência, em 2008, nenhum governo foi capaz de completar o seu mandato.
Os eleitores votarão menos de um ano e meio após as eleições legislativas de outubro de 2019, que ditaram a derrota histórica dos antigos combatentes que tinham dominado a vida política após a independência.
Um primeiro governo de coligação, formado após estas eleições por Vetevendosje (VV), o partido nacionalista de esquerda, de Albin Kurti, e o LDK, de centro-direita, caiu após alguns meses, antes da nomeação do governo de coligação liderado por Avdullah Hoti.
As novas eleições realizam-se num cenário de pandemia provocada pelo novo coronavírus, que atingiu severamente o Kosovo, país com 1,8 milhões de habitantes, onde se registam quase 1.400 mortos por covid-19.
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