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Irão deve respeitar acordo nuclear se quer que EUA regressem

O Irão deve acabar com as provocações e voltar a respeitar os seus compromissos se quer que os Estados Unidos regressem ao acordo nuclear de 2015, declarou hoje a presidência francesa.

Irão deve respeitar acordo nuclear se quer que EUA regressem
Notícias ao Minuto

14:21 - 26/01/21 por Lusa

Mundo Irão

"Se (os iranianos) levam a sério as negociações e querem um novo compromisso de todas as partes interessadas no JCPOA (Plano de Ação Conjunto Global, designação do pacto), em primeiro lugar devem abster-se de outras provocações e, em segundo lugar, devem respeitar o que deixaram de respeitar, ou seja, as suas obrigações", sublinhou um conselheiro do Eliseu num encontro com a Associação da Imprensa Diplomática Francesa.

O JCPOA, assinado entre a República Islâmica do Irão e o grupo dos 5+1 (os cinco membros permanentes do Conselho de Segurança - Estados Unidos, Reino Unido, França, Rússia e China - e a Alemanha), ficou em risco depois de o ex-presidente Donald Trump ter retirado unilateralmente Washington do pacto em 2018, restabelecendo sanções contra o Irão que o acordo prometia levantar.

Um ano depois, Teerão também começou a deixar de respeitar compromissos, como os relativos às reservas de urânio e ao seu nível de enriquecimento.

Considerando que a política iraniana do seu antecessor foi um fracasso, o presidente norte-americano, Joe Biden, deu conta da sua intenção de trazer os Estados Unidos de volta ao acordo de Viena, mas também quer que o Irão volte antes a respeitar estritamente os seus compromissos. Teerão, por seu turno, pede o levantamento das sanções.

O chefe da diplomacia da Rússia disse hoje que Moscovo espera que os Estados Unidos regressem ao pacto, "criando as condições para que o Irão respeite todas as suas obrigações no quadro do acordo nuclear".

Serguei Lavrov falava ao lado do seu homólogo iraniano, Mohammad Javad Zarif, em visita a Moscovo, que o secundou, prometendo que o Irão "voltará à plena aplicação das suas obrigações" assim que as sanções norte-americanas contra o seu país forem suspensas.

Continuando a pressionar os Estados Unidos, o porta-voz do governo iraniano, Ali Rabiei, alertou hoje a administração Biden que "não terá todo o tempo do mundo" para se juntar ao acordo de Viena.

"Estamos a aguardar o anúncio oficial da sua posição, bem como o levantamento das sanções", adiantou.

A França não precisa quem deve agir primeiro, se os iranianos ou os norte-americanos.

"Isto é um debate que teremos com os norte-americanos, ver como o regresso dos Estados Unidos ao JCPOA se paga com gestos verificáveis por parte dos iranianos", disse o conselheiro do Eliseu, adiantando que Paris e Washington estão em sintonia.

"Há uma posição iraniana que consiste em dizer que 'se estamos aqui é por culpa dos Estados Unidos' e o Irão basicamente nada tem a dar, basta que os Estados Unidos levantem as sanções e voltem ao JCPOA para que possamos conversar sobre o resto", disse ainda.

E insistiu: "Em primeira instância, é o que dizem 'grosso modo' os russos e os chineses. Não é o que nós dizemos e não é o que dizem os norte-americanos".

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