Kremlin "saúda" proposta de Biden de prolongar o tratado New START
O Kremlin "saudou" hoje a proposta do Presidente norte-americano, Joe Biden, de prolongar por cinco anos o tratado chave de desarmamento nuclear dos dois países New START, que expira no início de fevereiro.
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Mundo Biden
"Só podemos saudar a vontade política de prolongar este documento", declarou aos jornalistas o porta-voz do presidente Vladimir Putin, Dmitri Peskov.
Adiantou, no entanto, que "tudo dependerá dos pormenores desta proposta", que ainda vão "ser estudados".
A anterior administração norte-americana, de Donald Trump, quis condicionar o prolongamento do tratado, o último grande acordo que rege parte dos arsenais nucleares dos dois grandes rivais geopolíticos, limitando cada país a um máximo de 1.550 ogivas e 700 sistemas balísticos.
Assinado em 2010 pelos Presidentes norte-americano Barack Obama e russo Dmitri Medvedev, o tratado New START expira a 5 de fevereiro.
"Primeiro vamos saber o que os norte-americanos propõem e depois faremos um comentário", disse Peskov.
A porta-voz da Casa Branca, Jen Psaki, anunciou na quinta-feira que Washington "pretende uma extensão de cinco anos do New START, como é permitido pelo tratado", considerando ser "no interesse da segurança nacional dos Estados Unidos, ainda mais necessário dado serem tensas as relações com a Rússia".
Putin também se declarou favorável a uma extensão do tratado por cinco anos durante os últimos meses, marcados por negociações entre Washington e Moscovo sem sucesso.
O secretário-geral da NATO, Jens Stoltenberg, apelou na quinta-feira aos Estados Unidos e à Rússia para prolongarem o New START antes que expire dentro de duas semanas e para depois o alargarem à China e a mais armas.
"Um prolongamento do New START" deverá ser apenas "o início dos esforços para fortalecer o controlo de armas", sublinhou o dirigente da Aliança Atlântica.
"Necessitamos de encontrar formas de incluir mais sistemas de armas, não cobertos pelo New START, mas também de incluir a China, que está não só a modernizar as suas armas nucleares, mas também a expandir as suas capacidades nucleares", adiantou Stoltenberg.
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