Jonathan Fahey, que tinha assumido o cargo há duas semanas após a renúncia do anterior diretor Tony Pham, enviou na quarta-feira uma mensagem de correio eletrónico aos funcionários do Serviço de Imigração e Controlo de Fronteiras (ICE, na sigla em inglês) a informar que seria o seu último dia no cargo, avançaram hoje os 'media' norte-americanos.
O diretor interino demissionário não explicou os motivos da sua decisão.
A saída abrupta de Jonathan Fahey ocorre poucas semanas depois da renúncia de Tony Pham, que estava na liderança do ICE desde agosto passado.
Um porta-voz do ICE, uma agência federal que depende do Departamento de Segurança Interna (DHS, na sigla em inglês), afirmou em declarações ao canal de notícias CNN que o subdiretor da agência, Tae Johnson, assumirá a liderança dos serviços migratórios, numa altura em que os Estados Unidos da América (EUA) estão a preparar a tomada de posse do Presidente eleito Joe Biden no próximo dia 20 de janeiro.
A saída de Jonathan Fahey surge poucos dias depois do secretário da Segurança Interna, Chad Wolf, ter anunciado igualmente a sua demissão, 14 meses após uma nomeação que não chegou a ser confirmada pelo Senado (câmara alta do Congresso norte-americano).
O ICE, uma das agências federais responsáveis pela aplicação das políticas migratórias, teve seis diretores desde que o Presidente Donald Trump (republicano) chegou à Casa Branca, em janeiro de 2017, mas nenhum deles foi confirmado pelo Senado nos últimos quatro anos.
São vários os cargos da administração norte-americana que precisam de ser confirmados pela câmara alta do Congresso norte-americano, que até agora era controlada pelo Partido Republicano, antes de assumir oficialmente funções.
Com cerca de 20 mil funcionários e um orçamento superior a 7.000 milhões de dólares (cerca de 5,7 milhões de euros), o ICE é responsável pela gestão de uma rede de centros de detenção para migrantes indocumentados, mas também pelas deportações e pela prevenção do tráfico de pessoas.
Também desenvolve trabalho no combate de vários delitos, como exploração de menores, lavagem de dinheiro e roubo de antiguidades.
Desde a invasão do Capitólio (sede do Congresso norte-americano), no passado dia 06 de janeiro, por apoiantes do Presidente cessante, Donald Trump, vários elementos da administração ainda em funções decidiram renunciar, como foi o caso das secretárias dos Transportes e da Educação, Elaine Chao e Betsy DeVos, respetivamente.