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Violência faz mais de 1.200 mortos no leste da RDCongo em 15 meses

Um total de 1.206 civis foram mortos em pouco mais de um ano na conturbada região do Beni, no leste da República Democrática do Congo (RDCongo), disse hoje o movimento Luta pela Mudança.

Violência faz mais de 1.200 mortos no leste da RDCongo em 15 meses
Notícias ao Minuto

20:09 - 12/01/21 por Lusa

Mundo RDCongo

"Desde 30 de outubro de 2019, o nosso movimento contabilizou 1.206 civis mortos no Beni e registou uma expansão de assassinatos para o setor de Rwenzori e parte da província vizinha de Ituri, zonas outrora calmas", disse um porta-voz do Luta pela Mudança (Lucha), numa conferência de imprensa.

Nessa altura, o Exército congolês tinha lançado operações militares "em larga escala" contra combatentes das Forças Democráticas Aliadas (ADF), que são considerados os autores de uma série de massacres na região do Beni desde 2014.

"Em vez de parar as mortes e neutralizar os atacantes, as operações militares dispersaram os atacantes por áreas bastante grandes, continuando a massacrar civis à medida que passavam", disse o Lucha, um dos principais movimentos de cidadãos congoleses.

As ADF têm origem nos rebeldes muçulmanos ugandeses que vivem no leste da RDCongo desde 1995, e opõem-se ao regime de Yoweri Museveni, que concorre a um sexto mandato.

Embora não tenham atacado o Uganda durante anos, as ADF são acusadas de matar mais de mil civis. Os seus ataques contra posições do Exército e a força da Missão das Nações Unidas no Congo (Monusco) resultaram em dezenas de mortes.

Este grupo armado é o mais mortífero dos que atuam na região de Kivu e Ituri meridional, e onde tenta atravessar a fronteira para o Kivu do Norte.

Dispersos pelo Exército, os combatentes das ADF operam agora em pequenos grupos móveis, de acordo com um relatório de dezembro elaborado por peritos das Nações Unidas para o Conselho de Segurança.

Desde finais de novembro, os seus ataques têm-se deslocado do extremo norte para o sudeste no setor de Rwenzori, a região que alberga a sede do Parque Nacional da Virunga, uma joia natural para o turismo e sob ameaça.

Na semana passada, o porta-voz do Exército congolês acusou as ADF de "executarem 50 reféns" ao fugirem perante uma ofensiva para os desalojar de Loselose, no setor Rwenzori.

Leia Também: Autoridades da RDCongo procuram 40 náufragos desaparecidos no noroeste

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