Hong Kong: 52 políticos e ativistas libertados sob fiança sem acusação
A polícia de Hong Kong anunciou hoje que 52 dos 55 políticos e ativistas da oposição detidos esta semana foram libertados sob fiança sem acusação.
© Reuters
Mundo Hong Kong
Nenhum deles foi acusado, embora a três dos 55 tenha sido negada fiança: os ativistas Joshua Wong e Tam Tak-chi, que estão atualmente a cumprir penas de prisão, e o antigo líder do Partido Democrático Wu Chi-wai, por não ter entregue o seu passaporte após ter sido libertado sob fiança num caso anterior.
De acordo com a estação local de rádio e televisão RTHK, a fiança foi fixada em 30.000 dólares de Hong Kong (3.152 euros), para além da entrega dos respetivos passaportes.
A polícia de Hong Kong acrescentou que todos os suspeitos libertados sob fiança devem apresentar-se na esquadra no início de fevereiro, exceto a ex-deputada Au Nok-hin, que o deve fazer ainda este mês.
À saída da esquadra de polícia de Ma On Shan em Hong Kong na noite de quinta-feira, o ativista e professor de direito Benny Tai disse que "o povo de Hong Kong encontrará o seu próprio caminho para avançar contra o vento".
Mensagens semelhantes foram emitidas por outros ativistas na altura das suas libertações, como o antigo deputado Raymond Chan, que disse que o Governo de Hong Kong estava a usar todos os meios à sua disposição para "liquidar" o campo pró-democracia.
Entre os detidos na quarta-feira pela Polícia de Hong Kong encontram-se ativistas, académicos, antigos membros do parlamento local, advogados e atuais conselheiros distritais, acusados de organizar e participar numa eleição primária não oficial que, segundo as forças de segurança, violou a Lei de Segurança Nacional.
As detenções e buscas de quarta-feira foram de longe as mais extensas desde que a legislação entrou em vigor, que pode resultar em condenações a prisão perpétua por crimes como secessão ou conluio com forças estrangeiras.
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