Justiça britânica nega libertação a Julian Assange
O australiano, de 49 anos, irá manter-se na prisão londrina de Belmarsh.
© Reuters
Mundo WikiLeaks
Depois de ter rejeitado o pedido de extradição de Julian Assange para os Estados Unidos, onde seria julgado por vários crimes, incluindo espionagem, a justiça britânica rejeitou também o seu pedido de libertação.
A juíza Vanessa Baraitzer, que rejeitou na segunda-feira o pedido de extradição, alegando o risco de suicídio da sua parte, argumentou hoje que se a libertação lhe fosse concedida, Assange poderia não cumprir as suas obrigações legais.
A juíza do Tribunal Criminal de Old Bailey, em Londres, ordenou assim que Assange permanecesse na prisão enquanto os tribunais avaliam um recurso contra a decisão das autoridades britânicas de não permitir a extradição do fundador do WikiLeaks para os Estados Unidos.
Posto isto, o australiano, de 49 anos, irá manter-se na prisão londrina de Belmarsh, onde cumpre uma pena de 50 semanas por ter violado a sua liberdade condicional em 2012, altura em que pediu asilo à embaixada do Equador no Reino Unido para escapar à sua extradição para a Suécia.
Na segunda-feira, a juíza rejeitou um pedido de extradição de Assange para os Estados Unidos, onde enfrenta acusações de espionagem devido à publicação de documentos militares secretos há uma década.
A juíza Vanessa Baraitser negou a extradição por motivos de saúde, dizendo que o australiano, de 49 anos, poderia cometer suicídio no caso de ser mantido nas duras condições de prisão nos Estados Unidos.
A justiça norte-americana quer julgar o australiano por este ter divulgado, desde 2010, mais de 700.000 documentos confidenciais sobre atividades militares e diplomáticas dos EUA, principalmente no Iraque e no Afeganistão.
Julian Assange é acusado pelos Estados Unidos de cerca de duas dezenas de crimes, incluindo espionagem e divulgação de documentos diplomáticos e militares confidenciais, arriscando até 175 anos de prisão caso seja considerado culpado.
O fundador do WikiLeaks esteve refugiado durante sete anos na Embaixada do Equador em Londres, de 2012 até abril de 2019, quando as autoridades equatorianas decidiram retirar o direito de asilo concedido e as autoridades britânicas o detiveram.
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