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Kim Jong Un abre congresso do partido com admissão de erros

O líder norte-coreano, Kim Jong Un, abriu o primeiro congresso do seu partido em cinco anos com a admissão de erros e a promessa de novos objetivos de desenvolvimento, informou hoje a agência estatal.

Kim Jong Un abre congresso do partido com admissão de erros
Notícias ao Minuto

06:30 - 06/01/21 por Lusa

Mundo Coreia do Norte

A agência noticiosa estatal da Coreia do Norte (KCNA, na sigla em Inglês) informou o início do congresso do Partido dos Trabalhadores, na terça-feira, em Pyongyang, com a presença de milhares de delegados e observadores.

O seu discurso de abertura, Kim, segundo a KCNA, disse que os objetivos de desenvolvimento estabelecidos no congresso de 2016 "não foram alcançados em quase todas as áreas". Insistindo, Kim disse que a Coreia do Norte "não deve repetir as lições dolorosas".

É esperado que a Coreia do Norte seja dotada de um novo plano de desenvolvimento quinquenal no congresso em curso.

O atual congresso ocorre quando Kim enfrenta o maior desafio dos seus nove anos de direção do país, devido ao que classificou de "crises múltiplas", com uma economia constrangida pelo encerramento de fronteiras provocado pela pandemia, uma série de desastres naturais no verão passado e a continuação de sanções internacionais, lideradas pelos EUA.

Outra fonte de preocupação para Kim é a pose prevista do presidente eleito dos EUA, Joe Biden, que, ao contrário de Donald Trump, deve evitar a diplomacia de cimeiras 'top-down' e manter as sanções punitivas de Pyonyang, se Kim não der passos relevantes no sentido da desnuclearização.

Oficialmente, o congresso é o principal órgão de tomada de decisão do partido, se bem que no dia-a-dia as decisões são tomadas por Kim e membros do seu círculo restrito.

O congresso vai, contudo, dar a Kim a possibilidade de solidificar a sua autoridade, com o anúncio de novos objetivos do Estado, a nomeação de fiéis para os principais postos e apelos à unidade sob a sua liderança.

O encerramento da fronteira com a China, que dura há um ano, o seu principal parceiro comercial, por causa da pandemia, está a ter um forte peso sobre uma economia que já estava com grandes problemas.

O comércio bilateral caiu 79% nos primeiros 11 meses de 2020, em relação ao mesmo período de 2019, segundo o analista Song Jaeguk, do Instituto de Investigação Económica IBK, baseado em Seul, que estimou em 9,3% a contração da economia norte-coreana em 2020.

No seguimento de acentuada queda do seu comércio bilateral, a Coreia do Norte experimentou uma quadruplicação de importações alimentares, enquanto o funcionamento das suas fábricas caiu para o nível mais baixo desde que Kim ascendeu ao poder, devido à escassez de matérias-primas, segundo as informações transmitidas aos deputados sul-coreanos pela agência de espionagem da Coreia do Sul.

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