França considera diplomacia única solução para resolução duradoura

A Força Aérea de Israel começou a bombardear o Irão na madrugada de sexta-feira passada, apontando os alegados avanços do programa nuclear de Teerão. Christophe Lemoine disse hoje que os meios diplomáticos são a única solução para uma resolução duradoura do programa nuclear iraniano.

Christophe Lemoine

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Lusa
20/06/2025 09:21 ‧ há 5 horas por Lusa

Mundo

Médio Oriente

O porta-voz adjunto do Ministério dos Negócios Estrangeiros francês, Christophe Lemoine, disse hoje que os meios diplomáticos são a única solução para uma resolução duradoura do programa nuclear iraniano.

 

Os ministros dos Negócios Estrangeiros da Alemanha, França e Reino Unido vão reunir-se com o seu homólogo iraniano, Abbas Araghchi, em Genebra, hoje à tarde, com o objetivo de "retomar o diálogo para chegar a um acordo sólido e sério".

"O programa nuclear do Irão é um tema que ocupa a diplomacia há 20 anos. É uma questão séria e a história mostra que a única forma de forçar um país a cumprir as suas obrigações ao abrigo do Tratado de Não Proliferação Nuclear (TNP) é através da diplomacia", afirmou o porta-voz horas antes da reunião em Genebra, Suíça.

Christophe Lemoine disse também que as "soluções militares não são soluções a longo prazo". No seu entendimento, a comunidade internacional "não pode arriscar operações militares que possam sair do controlo numa região que já é extremamente inflamável".

"Sim, o Irão é um país desestabilizador, e o programa nuclear e o programa de mísseis balísticos são ameaças reais, mas a ação diplomática continua a ser o caminho certo", referiu.

O diplomata destacou que o objetivo de França é que o Irão cumpra as suas obrigações ao abrigo do TNP.

"Esta é a estrutura internacional para regular a energia nuclear a nível global. O Irão é signatário deste tratado. O Irão deve cumprir as suas obrigações", declarou ainda Christophe Lemoine.

O porta-voz sublinhou que a reunião de hoje é "extremamente importante", acrescentando que reúne o grupo de três países europeus que estão envolvidos em negociações com os iranianos desde o início.

Israel lançou um ataque sem precedentes contra o Irão em 13 de junho, alegadamente para impedir o avanço do programa nuclear iraniano, referindo que este visa fins militares, e atingiu centenas de instalações militares e nucleares, matando oficiais da mais alta patente e cientistas nucleares.

O Irão, que nega ter construído armas nucleares e reivindica o direito de enriquecer urânio para desenvolver um programa nuclear civil, ripostou com o lançamento de mísseis e drones contra várias cidades israelitas.

Os ataques dizimaram infraestruturas militares e nucleares do Irão, que tem respondido com vagas de mísseis sobre as principais cidades israelitas, incluindo Tel Aviv e Jerusalém, assim como várias instalações militares espalhadas pelo país.

Os números oficiais de mortos, incluindo civis, confirmados oficialmente nos primeiros dias, não são atualizados há vários dias em ambos os lados da frente da guerra, assim como não são divulgados objetivos militares atingidos.

Leia Também: Dezenas de aviões militares norte-americanos retirados de base no Qatar

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