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Mulher próxima do líder da oposição russa está a ser alvo de investigação

A equipa de Alexei Navalny anunciou hoje que uma mulher próxima do líder da oposição russa está a ser investigada por "ameaças" contra um alegado agente do FSB acusado pelo crítico do Kremlin de envolvimento no seu envenenamento.

Mulher próxima do líder da oposição russa está a ser alvo de investigação
Notícias ao Minuto

10:51 - 25/12/20 por Lusa

Mundo Rússia

A investigação "por invasão de domicílio" e "ameaças" tem como alvo Lioubov Sobol, que visitou a casa do alegado agente na segunda-feira, a quem Navalny disse ter feito um telefonema para fazê-lo confessar a tentativa de assassínio, anunciou no Twitter Ivan Zhdanov, diretor do Fundo de Luta Contra a Corrupção, organização do opositor.

A pena máxima por este crime é de dois anos de prisão.

De acordo com fontes próximas do opositor, a polícia russa prendeu Lioubov Sobol na sua casa em Moscovo hoje de manhã e depois levou-a ao Comité de Investigação Russo, um poderoso órgão encarregado das principais investigações criminais.

O vídeo de vigilância do lado de fora do apartamento mostra homens mascarados e encapuzados no patamar, que depois neutralizam a câmara com fita adesiva.

Alexei Navalny divulgou um vídeo na segunda-feira de uma conversa telefónica com um alegado membro do FSB, Konstantin Kudriavtsev, no qual ele disse, pensando que estava a falar com um funcionário dos serviços secretos, que os serviços especiais russos tinham envenenado o adversário.

As autoridades consideraram que a conversa era "falsa", mas nunca negaram que o interlocutor do adversário era, de facto, um agente.

O Presidente russo, Vladimir Putin, já tinha reconhecido anteriormente que Navalny estava sob vigilância.

Um crítico feroz do regime de Vladimir Putin, Alexei Navalny foi envenenado em 20 de agosto e sentiu-se mal num avião na Sibéria, enquanto fazia campanha para as eleições locais e regionais.

Depois de ser tratado num hospital da Sibéria, foi transferido para o hospital Charité de Berlim, de onde recebeu alta algumas semanas depois.

Desde então, Navalny acusa os serviços secretos russos de estarem por trás da tentativa de assassínio, alegação considerada "delirante" por Moscovo, que até agora negou que tenha sido envenenado, por falta de acesso a provas de intoxicação.

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