UE condena vaga de assassínios durante processo de paz no Afeganistão
A União Europeia (UE) condenou hoje o clima de medo instalado no Afeganistão provocado pelos assassínios seletivos de vários representantes da sociedade civil, com o objetivo de destabilizar um país que está a iniciar o processo de paz.
© Reuters
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"Nos últimos meses, no Afeganistão, assistimos a uma tendência preocupante de ataques direcionados e homicídios sistemáticos de jornalistas, defensores dos direitos humanos, representantes da sociedade civil e oficiais" disse Nabila Massrali, porta-voz do Alto Representante da UE para os Negócios Estrangeiros e a Política de Segurança, Josep Borrell, citado pela France-Presse (AFP).
O homicídio de Yousuf Rasheed, um proeminente ativista e que era também o líder do Fórum para as Eleições Livres e Justas no Afeganistão, ocorreu "depois do homicídio de Rahmatullah Nikzad, jornalista e presidente da Associação de Jornalistas de Gázni, e de cinco médicos, nos últimos três dias", prosseguiu a porta-voz do chefe da diplomacia europeia.
Massrali acrescentou que estes e outros ataques -- entre os quais o homicídio de Malalai Maiwand, jornalista e ativista pelos direitos das mulheres -, contribuíram "para um clima de medo e de repressão" que estão a dificultar "o desenvolvimento do Afeganistão enquanto o país embarca no caminho da paz".
"A violência tem de acabar", vincou, por isso, a União Europeia "espera que sejam realizadas investigações transparentes e aprofundadas sobre" todos estes ataques "e homicídios".
Cabul, capital do Afeganistão, e outras províncias têm sido assoladas nos últimos meses pelo aumento de violência, apesar das negociações de paz entre os Talibã e o Governo que começaram em setembro, em Doha (capital do Qatar), e que ainda decorrem.
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