China aumenta investimento na iniciativa 'uma faixa, uma rota'
A China aumentou o investimento na iniciativa 'uma faixa, uma rota' e vai focar-se no setor digital, afirmou hoje o ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, rejeitando as sugestões de que Pequim reduziu as verbas.
© Reuters
Mundo Ministro
O gigantesco plano de infraestruturas, lançado pela China, em 2013, visa ligar o Sudeste Asiático, Ásia Central, África e Europa, através da construção de portos, aeroportos e linhas ferroviárias.
Wang Yi disse que Pequim promoverá ainda mais a abertura de vias rápidas, para facilitar a troca de pessoal e bens com os países que aderiram à iniciativa, de forma a neutralizar o impacto da pandemia e manter a segurança na cadeia de abastecimento.
"Muitos projetos continuaram a funcionar, sem demitir funcionários, durante a pandemia da covid-19, com a premissa de controlar estritamente a situação epidémica", disse.
"Vários novos projetos foram lançados", assegurou Wang, durante o Fórum 'Uma Faixa, Uma Rota' para a Cooperação Internacional, em Pequim.
"Face à recessão na economia mundial, o investimento geral da China não caiu. Pelo contrário, mostrou uma tendência de crescimento", disse.
O governante chinês revelou que o investimento direto nos países envolvidos aumentou 30%, nos primeiros três trimestres do ano, em termos homólogos.
"Não importa o contexto da situação global (...) a determinação da China em promover a cooperação internacional [no âmbito da iniciativa 'uma faixa, uma rota'] não mudou", disse Wang.
O ministro apontou que o setor digital vai ser uma prioridade para o próximo estágio da iniciativa, incluindo o comércio eletrónico, corredores de tráfico digital, canais de informação ou cabo ótico transfronteiriço.
À medida que as empresas chinesas de tecnologia enfrentam maior escrutínio e proibições no acesso aos mercados desenvolvidos, estão a aumentar a sua aposta no mercado emergente.
Wang pediu uma abordagem construtiva para promover a economia digital.
"Certos países estão a politizar questões de alta tecnologia, cuja essência é manter a sua própria posição de monopólio na alta tecnologia. Este não é um caminho construtivo", afirmou.
"Uma faixa, uma rota' é uma plataforma para cooperação económica. Não é e nunca será uma ferramenta geopolítica. É um coro de todos os países parceiros e não um solo da China", assegurou.
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