Covid-19: Estados Unidos com recorde de mais de 3.000 mortes num dia

Os Estados Unidos registaram mais de 3.000 mortes com covid-19 num único dia, na quarta-feira, batendo todos os recordes desde o início da pandemia, segundo as autoridades sanitárias norte-americanas.

Covid-19: EUA com 735 mortos e 51.069 casos nas últimas 24 horas

© Reuters

Lusa
03/12/2020 15:20 ‧ 03/12/2020 por Lusa

Mundo

Covid-19

Se o aumento de casos diários se mantiver, os EUA enfrentam a possibilidade de registar todos os dias um número de mortos devido a covid-19 equivalente aos óbitos provocados pelos ataques terroristas de 11 de setembro de 2001.

A base de dados da Universidade Johns Hopkins revela que 3.157 pessoas morreram com o novo coronavírus na quarta-feira, o que representa cerca de 1.000 mortes a mais do que os níveis de mortalidade alcançados na primeira vaga da pandemia, em maio.

Nada indica que os números de letalidade diminuam nos próximos dias, pelo que o país mais rico do mundo enfrenta a possibilidade devastadora de registar o equivalente a vários ataques de 11 de setembro, que fizeram 2.977 mortos, diariamente.

Os internamentos hospitalares por causa da pandemia também continuam a aumentar, com mais de 100 mil camas ocupadas, até quarta-feira, e quase 20 mil pacientes em unidades de cuidados intensivos.

Os Estados Unidos aproximam-se de 200.000 casos de infeções diárias, no dia de hoje, depois de adicionar mais de um milhão de infeções semanais ao longo de novembro, com as quais os Estados Unidos acumularam quase 14 milhões de casos de covid-19 desde o início da pandemia, mais do que qualquer outra nação do planeta.

O diretor do Centro de Controlo e Prevenção de Doenças (CDC, em inglês) dos Estados Unidos, Robert Redfield, disse na quarta-feira que o sistema de saúde enfrenta os meses mais difíceis da sua história, devido à forte repercussão da pandemia.

A este ritmo, os EUA em breve atingirão 300.000 mortes, com uma pandemia claramente galopante e fora de controlo na época mais delicada do ano: os feriados de Natal.

"A realidade é que dezembro, janeiro e fevereiro serão tempos difíceis. Na verdade, acho que serão os mais difíceis da história da saúde pública neste país, em grande parte por causa da pressão sobre o nosso sistema de saúde", disse Redfield, durante uma teleconferência.

Redfield também previu que, até fevereiro, 450.000 pessoas terão morrido no país, o que significa um aumento de 180.000 mortes, entre dezembro e janeiro.

A pandemia de covid-19 provocou pelo menos 1.495.205 mortos resultantes de mais de 64,5 milhões de casos de infeção em todo o mundo, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.

A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro de 2019, em Wuhan, uma cidade do centro da China.

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