Governo do Montenegro declara embaixador da Sérvia persona non grata
O governo pró-ocidental cessante do Montenegro declarou hoje o embaixador da vizinha Sérvia "persona non grata", em mais uma demonstração do "pico" de tensões anteriores à tomada de posse de um novo governo pró-sérvio no Montenegro.
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Mundo Montenegro
O Ministério dos Negócios Estrangeiros da pequena nação dos Balcãs alegou "uma longa e contínua ingerência nos assuntos internos do Montenegro" para justificar esta medida e pedir ao embaixador sérvio Vladimir Bozovic para deixar o país.
Mais tarde, o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Sérvia respondeu de "forma recíproca".
Os meios de comunicação social estatais informaram que o embaixador montenegrino, Tarzan Milosevic, foi notificado para deixar a Sérvia no prazo de 72 horas.
O incidente diplomático vem somar-se às relações já tensas entre os dois Estados dos Balcãs que faziam parte de um país comum antes de um referendo sobre a independência, em 2006, ter levado à divisão do Montenegro.
O Montenegro continua profundamente dividido entre aqueles que procuram estreitar os laços com os aliados eslavos tradicionais da Sérvia e da Rússia e aqueles que veem o Montenegro como um Estado independente aliado com o ocidente.
O Partido Democrático dos Socialistas pró-ocidente foi derrotado nas eleições de agosto por uma coligação pró-Sérvia, cujo Governo vai ser votado durante uma sessão parlamentar na próxima semana.
As autoridades cessantes acusaram a Sérvia de ajudar as forças políticas pró-sérvias no Montenegro com o objetivo de instalar aliados no poder e recuperar a influência.
A declaração do Ministério dos Negócios Estrangeiros afirmou que o embaixador Bozovic "desrespeitou diretamente" Montenegro ao descrever uma decisão de 1918 de aderir a um reino dominado pela Sérvia como um ato de "libertação" e de "livre vontade" por parte do povo montenegrino.
O Parlamento do Montenegro declarou a decisão centenária nula em 2018, afirmando ter despojado o Montenegro da sua soberania.
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