O chefe da diplomacia do Bahrein visitou Israel na semana passada, tendo sido acordada a abertura em breve de embaixadas, depois de em outubro os dois países terem estabelecido laços formais e assinado uma série de acordos para promover a cooperação bilateral.
Num comunicado divulgado nas redes sociais, Netanyahu indicou ter falado com o príncipe herdeiro do Bahrein, Salman bin Hamad, adiantando que este o convidou a visitar o país árabe.
"Ambos estamos emocionados com o facto de podermos trazer a paz para os nossos povos e nossos países num curto período", disse o chefe do Governo israelita, assinalando que a conversa -- a segunda que tiveram -- foi "muito amistosa" e que prometeu aceitar "com prazer" o convite para visitar o Bahrein.
Israel assinou a 15 de setembro acordos de normalização de relações com o Bahrein e os Emirados Árabes Unidos, e posteriormente fez o mesmo com o Sudão.
Os acordos orquestrados pela administração norte-americana de Donald Trump indignaram os palestinianos, que há muito contavam com uma posição árabe unida de que o reconhecimento de Israel só deveria ocorrer após a criação de um Estado da Palestina.
Na segunda-feira, media israelitas noticiaram que Netanyahu se deslocou à Arábia Saudita e se encontrou com o príncipe herdeiro Mohammed bin Salman. Os dois países têm colaborado clandestinamente ao nível da segurança face ao interesse comum de combater o rival regional Irão.
Até aos recentes acordos, o Egito e a Jordânia eram os únicos Estados árabes a reconhecer Israel após a assinatura de acordos de paz em 1979 e 1994, respetivamente.