A lei, já assinada por Putin, foi publicada no portal de informação jurídica do Estado russo e diz especificamente respeito aos trabalhadores migrantes, a maioria dos quais é oriunda da Ásia Central.
Putin instruiu o Ministério do Interior russo para "garantir, até 30 de junho de 2026, a criação do recurso de informação estatal 'Perfil Digital de um Cidadão Estrangeiro', contendo informações sobre cidadãos estrangeiros e apátridas que entram, saem e residem na Rússia".
O objetivo deste recurso é "ter informação completa, precisa e atualizada para avaliar a situação migratória na Rússia e preparar e tomar medidas para regular os processos migratórios", de acordo com o decreto.
Na sequência do ataque extremista islâmico ao centro comercial Crocus, em Moscovo, em março de 2024, no qual morreram quase 150 pessoas, as autoridades russas agravaram a política de imigração, bem como a perseguição e o tratamento dos migrantes, especialmente os da Ásia Central.
Depois deste ataque, as autoridades russas restringiram o procedimento simplificado para a obtenção de uma autorização de residência russa por casamento e aprovaram um novo regime de expulsão, além de proibirem a entrada de filhos de migrantes que não falam russo nas escolas.
No ano passado, a Rússia deportou mais de 80 mil migrantes por "violação das normas de imigração", o dobro do número registado em 2023 e o triplo do número em 2022.
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