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Países bálticos estendem sanções a mais figuras do regime de Minsk

Os países bálticos acrescentaram hoje os ministros do Deporto e da Informação bielorrussos à lista de pessoas visadas por sanções impostas na sequência das contestadas eleições presidenciais de agosto na Bielorrússia e da repressão exercida naquele país.

Países bálticos estendem sanções a mais figuras do regime de Minsk
Notícias ao Minuto

16:26 - 20/11/20 por Lusa

Mundo Bielorrússia

No total, a Lituânia, Letónia e Estónia estenderam as sanções, nomeadamente a proibição de viagem, a 28 novas figuras do regime de Minsk, que passam a integrar uma lista que já abrangia o Presidente Alexander Lukashenko e mais de outros 100 funcionários governamentais.

"A situação não mudou e devemos manter a pressão", afirmou o ministro dos Negócios Estrangeiros da Lituânia, Linas Linkevicius, em declarações à agência France-Presse (AFP).

O chefe da diplomacia lituana precisou que o ministro do Desporto bielorrusso, Sergei Kovaltchouk, foi colocado na lista de sanções por pressionar os atletas que se pronunciam contra Lukashenko.

Ativistas dos direitos humanos têm denunciado que dezenas de atletas bielorrussos estão a ser detidos e impedidos de treinar no país.

Alguns destes desportistas bielorrussos estão refugiados na Lituânia.

Ainda no campo desportivo, a Letónia está a tentar retirar a Bielorrússia da organização do campeonato mundial de hóquei no gelo agendado para 2021, competição que deveria ser co-organizada por Riga e Minsk.

A par do ministro do Deporto, o responsável bielorrusso pela pasta da Informação, Igor Loutski, acusado de bloquear a Internet para impedir as manifestações antigovernamentais no país, também passa a figurar entre as personalidades sancionadas, segundo acrescentou Linas Linkevicius.

O chefe da diplomacia lituana precisou que a lista de pessoas sancionadas pelos três Estados bálticos integra agora mais de 150 funcionários bielorrussos, enquanto as medidas aprovadas pela União Europeia (UE), que também impôs proibições de viagem e congelamento de bens, abrangem neste momento 59 pessoas.

Na quinta-feira, os chefes da diplomacia dos 27 Estados-membros da UE acordaram preparar uma terceira ronda de sanções "como resposta à brutalidade" do regime bielorrusso liderado por Lukashenko, que abranja também instituições, empresas e empresários, anunciou o Alto Representante Josep Borrell.

Numa conferência de imprensa, em Bruxelas, no final de uma reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros da UE, realizada por videoconferência, o chefe da diplomacia europeia apontou que "a situação continua a deteriorar-se" na Bielorrússia, onde "a repressão do regime de Lukashenko não parou".

O Alto Representante da UE para a Política Externa apontou que a lista de novos alvos de sanções deverá ser adotada no próximo Conselho de Negócios Estrangeiros, em 07 de dezembro, e por unanimidade.

Desde as contestadas eleições presidenciais de 09 de agosto, que atribuíram a Lukashenko, no poder há 26 anos, um sexto mandato e que a oposição bielorrussa considera como fraudulentas, centenas de milhares de bielorrussos têm saído às ruas (normalmente ao domingo) em protesto, manifestações essas que têm sido marcadas por uma forte e violenta repressão pelas forças de segurança.

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