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EUA: Líder do Senado relativiza anúncio de vitória por parte de Trump

O líder da maioria no Senado dos Estados Unidos, Mitch McConnell, relativizou hoje a afirmação inicial de Donald Trump, que anunciou de madrugada a vitória, adiantando que a contagem dos votos em vários estados ainda vai demorar.

EUA: Líder do Senado relativiza anúncio de vitória por parte de Trump
Notícias ao Minuto

18:46 - 04/11/20 por Lusa

Mundo Mitch McConnell

O aliado de Trump, do reeleito senador pelo estado de Kentucky, adiantou que reivindicar a vitória numa eleição "é diferente da contagem final dos votos".

McConnell indicou também não estar incomodado com a intenção de Trump contestar a contagem dos votos em "estados chave", afirmando aos jornalistas, em Louisville, que os dois lados -- Trump, pelos republicanos, e Joe Biden, pelos democratas -- "terão os seus advogados".

"Os tribunais irão decidir as disputas. Esse é o caminho que se faz neste país", sublinhou.

Por seu lado, Bill Stepien, diretor de campanha de Trump, indicou que o Presidente cessante pretende pedir "imediatamente" uma recontagem dos votos no estado de Wisconsin, onde a corrida presidencial continua renhida.

No Wisconsin, se os resultados se situarem numa margem de um ponto percentual, qualquer candidato pode solicitar uma recontagem dos votos.

"O Presidente está bem dentro do limite para solicitar uma recontagem e vamos fazer isso imediatamente", afirmou Stepien, mesmo antes de terminar a contagem da votação.

Hoje de madrugada, Trump disse na televisão que, apesar de os votos estarem ainda por contar, já tinha sido reeleito, embora os votos ainda estivessem a ser escrutinados, e acusou os democratas, liderados pela candidatura de Joe Biden, de estarem a preparar "uma grande fraude contra a nação" por não ter ainda sido declarado vencedor.

Pouco depois, novamente no Twitter, Trump denunciou o aparecimento de boletins de voto "surpresa" em vários "estados chave" que, indicou, lhe estão a retirar a vantagem. 

"Ontem [terça-feira] à noite, tinha uma boa vantagem em numerosos 'estados chave'. Depois, um por um, [a vantagem] começou magicamente a desaparecer com a contagem de boletins [de voto] surpresa", escreveu Trump.

Segundo a agência noticiosa France-Press (AFP), os boletins a que Trump alude são, na verdade, os chegados pelo correio e que começaram a ser contabilizados, num processo que pode demorar vários dias em alguns estados e a agência acrescenta que o candidato republicano não apresentou provas do que afirma.

O resultado das eleições presidenciais norte-americanas está dependente de cinco estados, que já alertaram que precisam de mais horas, e até de dias, para contar os votos por correspondência que chegaram em números históricos devido à crise pandémica.

Wisconsin, Michigan, Pensilvânia, Geórgia e Nevada são os cinco estados norte-americanos (entre um total de 50) que concentram agora todas as atenções, um dia depois das eleições presidenciais.

Devido ao seu peso no Colégio Eleitoral, estes cinco estados podem decidir quem será o vencedor da 59.ª eleição norte-americana, entre Trump e Biden.

O vencedor das presidenciais norte-americanas (que é escolhido por voto indireto) tem de assegurar, no mínimo, 270 dos 538 "grandes eleitores" (uma maioria simples) que compõem o Colégio Eleitoral.

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