"Estamos comovidos, muito emocionados e numa espécie de espanto diante deste tipo de ato indizível", declarou à Agência France-Presse (AFP) Hugues de Woillemont, porta-voz da CEF, após o atentado em Nice.

"É urgente combater esta gangrena que é o terrorismo, da mesma forma que é urgente concretizar uma fraternidade no nosso país", acrescentou.

Duas pessoas, um homem e uma mulher, foram mortas por volta das 09:00 locais (08:00 em Lisboa), na igreja de Notre-Dame, e uma terceira ficou gravemente ferida, acabando por morrer num bar próximo onde se refugiou, segundo fontes da polícia.

"Pensamentos e orações estão com as vítimas, os feridos, suas famílias e entes queridos", disse Woillemont.

"Para nós, todo o país é afetado por estes atos, que nos lembram o atentado ao padre Hamel", acrescentou, referindo-se ao assassínio, em 2016, do padre Jacques Hamel, durante a missa matinal na igreja de Saint-Etienne-du-Rouvray (oeste).

O episcopado diz que está em causa a questão da segurança das 45.000 igrejas na França e pede que os locais de culto católicos permaneçam abertos, apesar do confinamento que deve começar na noite de hoje.

"É uma questão de fé, mas também de símbolo. Fechar igrejas depois de tais atos seria dobrar os joelhos diante da ameaça", disse Woillemont.

O presidente da CEF, Moulins-Beaufort, está a caminho de Nice, ao lado do presidente da República, Emmanuel Macron, que é esperado ao meio-dia no local do atentado.

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