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Milhares de arménios em França exigem que Paris reconheça independência
Milhares de arménios em França - entre 15.000 e 20.000 segundo os organizadores, 4.200 segundo a polícia - reclamaram hoje o "reconhecimento" por Paris e pela comunidade internacional da independência de Nagorno-Karabakh.
© Getty Images
Mundo Nagorno-Karabakh
"Parem a agressão turco-azeri", "Parem a indiferença" e, com as bandeiras francesas e arménias lado a lado, os manifestantes concentraram-se na praça de Trocadero para pedir à França que abandone a sua "neutralidade" no conflito entre a Arménia e o Azerbaijão.
"Somos descendentes do genocídio arménio de 1915, os arménios são mais uma vez alvo de tentativa de extermínio", denunciou Ara Toranian, copresidente do Conselho de Coordenação das Organizações Arménias de França (CCAF).
Este dirigente acusou "uma coligação pan-turca" de ter iniciado o conflito no final de setembro para que o Azerbaijão tomasse o enclave de Nargorno-Karabakh, uma região de maioria arménia que proclamou a sua independência após a queda da URSS, durante uma guerra que matou 30.000 pessoas.
Hoje, disse Toranian, "não é uma guerra quando se tem a Turquia com 80 milhões de habitantes, os azeris com oito milhões, e o outro apenas com quatro milhões de arménios e um pequeno pedaço de terra arménia povoado por 140.000 habitantes".
"É uma tentativa de assassínio em massa com meios militares", acrescentou, denunciando o envolvimento da Turquia.
A Arménia acusa Ancara de fornecer "apoio técnico militar" e de ter enviado "terroristas" para ajudar o Azerbaijão "a recuperar as suas terras ocupadas", nas palavras do líder turco Erdogan.
Em declarações ao ministro dos Negócios estrangeiros, Jean-Yves Le Drian, o médico Jean-Michel Ekherian, que regressou de Karabakh, assegurou que as forças do Azerbaijão estão a utilizar "armas não convencionais".
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