EUA. PM sudanês agradece retirada do país da lista de apoio ao terrorismo
O primeiro-ministro sudanês, Abdallah Hamdok, agradeceu hoje ao Presidente dos Estados Unidos da América, Donald Trump, por ter assinado a ordem executiva para a retirada do seu país da lista negra dos que apoiam o terrorismo.
© Mahmoud Hjaj/Anadolu Agency via Getty Images
Mundo Abdallah Hamdok
"Obrigado ao Presidente Donald Trump por assinar hoje a ordem executiva para retirar o Sudão da SSTL [a lista de Estados que apoiam o terrorismo]", escreveu Hamdok na plataforma social Twitter.
O primeiro-ministro sudanês acrescentou que o executivo do Sudão está a trabalhar "em estreita colaboração com a administração e com o Congresso dos EUA para completar o processo de remoção do SSTL de forma atempada".
"Procuramos as relações internacionais que melhor sirvam o nosso país", disse Hamdok.
Por sua vez, o Conselho Soberano do Sudão, presidido pelo general Abdel Fattah al Burhan, considerou que a assinatura da ordem executiva por Trump marca "um dia histórico para o Sudão e a sua gloriosa nação".
A retirada do Sudão desta lista terá efeito "na situação política e económica do país, bem como nas suas relações estrangeiras", congratulou-se o organismo.
Durante o dia de hoje, Trump que irá retirar o Sudão da lista negra de países que apoiam o terrorismo, mediante o pagamento de uma indemnização de quase 300 milhões de euros a vítimas de ataques terroristas, permitindo a este país voltar a ter acesso a empréstimos internacionais.
O Sudão já terá transferido o dinheiro da indemnização, por causa de ataques do movimento terrorista Al-Qaida contra embaixadas dos EUA em África, que mataram mais de 200 pessoas.
Donald Trump anunciou hoje, também, que o Sudão vai iniciar operações para a normalização das relações com Israel, tornando-se assim o terceiro Estado árabe a fazê-lo durante as negociações mediadas pelos Estados Unidos da América.
O acordo para a normalização das relações representa um marco diplomático nas relações externas da administração de Trump, a poucos dias das eleições presidenciais, a que concorre.
O Sudão torna-se assim, depois de Emirados Árabes Unidos e Bahrein, no terceiro país árabe a reconhecer Israel, onde Trump tem, no primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, um aliado.
Entretanto, o Governo sudanês confirmou este acordo, o que poderá pôr fim a décadas de hostilidades entre os dois países e aprofundar as relações entre Sudão e o ocidente.
"O Sudão e Israel concordaram em normalizar as suas relações para pôr fim ao estado de agressão entre si", noticiou a televisão estatal sudanesa, citada pela agência France-Presse (AFP), que remetia para uma declaração conjunta de Sudão, EUA e Israel.
Descarregue a nossa App gratuita.
Oitavo ano consecutivo Escolha do Consumidor para Imprensa Online e eleito o produto do ano 2024.
* Estudo da e Netsonda, nov. e dez. 2023 produtodoano- pt.com