O ministro dos Negócios Estrangeiros cubano, Bruno Rodriguez, condenou o número cada vez maior de sanções impostas por Washington, citado pela Associated Press (AP), assunto que vai ser discutido na Assembleia Geral das Nações Unidas do próximo ano.
O bloqueio "é uma tentativa cada vez mais cruel de privar" a população cubana "de necessidades básicas para a sua sobrevivência", acrescentou Rodriguez, considerando que esta hostilidade política atingiu "níveis febris".
A perda dos cerca de 5,6 mil milhões de dólares (cerca 4,7 mil milhões de euros) ocorreu entre abril de 2019 e março de 2020, segundo Havana.
Às sanções juntaram-se fenómenos como a pandemia da doença (covid-19) provocada pelo novo coronavírus (SARS-CoV-2) e a época de furacões que se aproxima, que levaram a uma escassez de alimentos e, ocasionalmente, de combustível.
"É cínico expressar uma suposta preocupação de que esta política afeta apenas os cubanos, mas é ainda mais cínico tentar justificá-la", vincou o chefe da diplomacia de Cuba.
Donald Trump aumentou recentemente as sanções contra Havana, banindo turistas norte-americanos de regressarem com bens, como, por exemplo, cigarros cubanos ou rum, ou de pernoitarem em hotéis detidos pelo Estado cubano.
O chefe de Estado norte-americano, que está a entrar na reta final da campanha paras as presidenciais de 03 de novembro, disse que as sanções vão manter-se até que Cuba liberta todos os prisioneiros políticos, legalize os partidos políticos e faça eleições livres com respeito pelos direitos de assembleia e de expressão.
Cuba, por seu turno, rejeitou quaisquer interferências externas.