"Cuba eleita para o Conselho de Diretos Humanos por 170 votos, 88% dos membros da ONU (...) apesar da campanha de difamação, as conquistas de Cuba não podem ser ofuscadas", destacou o ministro dos Negócios Estrangeiros cubano, Bruno Rodríguez, numa mensagem divulgada através da rede social Twitter.
Segundo noticia a agência EFE, o Presidente Miguel Díaz-Canel também reagiu nas redes sociais sublinhando que "apesar das mentiras imperiais, o mundo reconhece Cuba, admira-o e respeita-o pela firmeza das suas convicções e do seu exemplo".
É uma "vitória estrondosa" para Cuba, acrescentou o chefe de Estado, também através do Twitter.
Esta é a quinta vez que o país comunista ocupa uma das oito cadeiras reservadas aos Estados da América Latina e Caraíbas no Conselho de Direitos Humanos da ONU, onde irá permanecer durante três anos a partir de janeiro de 2021.
Cuba, como muitos outros candidatos, à exceção do grupo Ásia-Pacífico, alcançou a votação sem oposição a partir de um acordo entre os países de cada região, prática comum neste tipo de eleição e que é criticada por organizações e movimentos ativistas.
Além de Cuba, também a Bolívia, China, Costa do Marfim, França, Gabão, Malawi, México, Nepal, Paquistão, Rússia, Senegal, Ucrânia, Uzbequistão e Reino Unido foram eleitos.
A entrada de Havana naquele órgão da ONU coincide com relatos de detenções arbitrárias e ataques a uma série de ativistas no passado fim de semana na capital, vários deles documentados em vídeo e publicados nas redes sociais.
Entre os relatos está um "ato de repúdio" à artista cubana Tania Bruguera, que foi cercada e insultada por um grupo de partidários do Governo quanto tentava aceder à sede do movimento de oposição San Isidro.
Os incidentes provocaram críticas de muitos utilizadores das redes sociais, dentro e fora do país, questionando o "duplo padrão" do Governo cubano em matéria de defesa dos direitos humanos.