Caso Navalny. Reino Unido sanciona responsáveis russos
O Reino Unido aplicou hoje sanções a sete autoridades russas, incluindo o chefe dos serviços de informação e o empresário Evguény Prigojine, pelo seu alegado papel no envenenamento do político Alexei Navalny e pelo envolvimento no conflito na Líbia.
© Getty Images
Mundo Alexey Navalny
"O Reino Unido vai continuar a trabalhar em estreita colaboração com os parceiros internacionais para contestar o uso de armas químicas pela Rússia", disse o ministro dos Negócios Estrangeiros britânico, Dominic Raab, numa mensagem divulgada na rede social Twitter.
Seis funcionários, incluindo o diretor dos Serviços de Segurança da Rússia (FSB), Alexander Bortnikov, e um dos funcionários da administração presidencial, Sergei Kirienko, foram punidos pela sua associação ao envenenamento de Alexei Navalny, que adoeceu gravemente em 20 de agosto a bordo do um avião na Sibéria e que está atualmente em recuperação na Alemanha.
A mensagem do ministro britânico surge após o Conselho da União Europeia (UE) anunciar hoje ter adotado sanções contra seis indivíduos e uma entidade envolvidos na "tentativa de assassínio" do opositor russo Alexei Navalny com um agente neurotóxico.
Today we are sanctioning those responsible for the criminal poisoning @Navalny with novichok. The UK will continue to work closely with our international partners to counter Russia’s use of chemical weapons https://t.co/zxF5UuPPlG
— Dominic Raab (@DominicRaab) October 15, 2020
"O Reino Unido e os seus parceiros estão convencidos de que não há outra explicação plausível para o envenenamento de Navalny que não seja o envolvimento e responsabilidade da Rússia", explicou a diplomacia britânica, em comunicado.
Londres também sancionou, assim como a União Europeia (UE), o empresário Evguéni Prigojine, considerado "responsável por uma significativa quantidade de mercenários estrangeiros na Líbia e por múltiplas violações do embargo de armas da ONU àquele país".
Próximo do Presidente russo, o empresário - que ganhou o cognome de "chef de Putin" porque a sua empresa de 'catering' trabalhava para o Kremlin - é suspeito de estar ligado a uma "fábrica de 'trolls'" (uma empresa que executa campanhas de desinformação na internet) que Washington acusa de interferir nas eleições.
O principal opositor russo, Alexei Navalny, foi envenenado a 22 de agosto em Omsk, na Sibéria, numa deslocação no âmbito da campanha eleitoral.
Após ter ficado em coma num hospital da região, Navalny foi transferido para o hospital Charité, em Berlim, onde foi detetado um agente tóxico do grupo Novichok no sangue e urina do paciente russo.
A Organização para a Proibição de Armas Químicas também confirmou o uso da mesma substância para envenenar Navalny, referindo que o Novichok foi projetado por especialistas soviéticos para fins militares.
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