Sindicatos britânicos denunciam "más práticas" laborais na Amazon
Dois sindicatos pediram hoje ao Governo britânico para pressionar a gigante tecnológica norte-americana de e-commerce Amazon no sentido de melhorar as condições de trabalho dos funcionários da empresa no Reino Unido.
© Getty Images
Tech Amazon
De acordo com um relatório divulgado hoje, citado pela agência France-Presse (AFP), os sindicatos TUC e GMB denunciaram os "abusos" da gigante tecnológica conta os "direitos dos trabalhadores" no Reino Unido, apontando, em particular, "condições perigosas de trabalho", metas de produtividade irrealistas e ainda funcionários que estão a ser vigiados.
"O Governo central britânico e os governos descentralizados devem responsabilizar a Amazon e garantir que o modelo de negócios [da empresa] não prejudique os trabalhadores", explicita o documento.
Segundo este estudo, o executivo britânico e os diferentes governos descentralizados concederam à Amazon cerca de 693 milhões de libras (aproximadamente 697 milhões de euros) em contratos públicos entre 2015 e 2020.
"O Governo [do Reino Unido] tem de usar o seu poder de cliente para garantir que os trabalhadores são tratados com dignidade e recebem um salário que lhes permita viver", explicitou a secretária-geral do TUC, Frances O'Grady, acrescentando que "os contratos públicos não devem recompensar as más práticas no mundo do trabalho".
A secretária-geral deste sindicato também disse, em declarações à agência de notícias britânica, que a legislação sobre o emprega, que ainda não foi debatida pela segunda vez na Câmara dos Comuns, era uma "oportunidade de ouro" para o Governo mudar o acordo em termos salariais e direitos dos trabalhadores.
Contactado pela AFP, o porta-voz da Amazon disse que a empresa é "um lugar seguro para trabalhar".
"Os nossos detratores parecem determinados em pintar uma imagem falsa do que significa trabalhar para a Amazon", acrescentou, considerando ainda, que as acusações feitas são recorrentes e "sensacionalistas".
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