EUA aplicam sanções a oito altos funcionários da Bielorrússia
Os Estados Unidos anunciaram hoje sanções económicas contra oito altos funcionários bielorrussos, incluindo o ministro do Interior, pelo seu papel na repressão do movimento de protesto naquela ex-república soviética.
© Reuters
Mundo Bielorrússia
"As aspirações democráticas do povo bielorrusso de escolher os próprios líderes e exercer os direitos pacificamente são confrontados com a violência a opressão das autoridades bielorrussas", afirmou o secretário do Tesouro norte-americano, Steven Mnuchin, em comunicado.
Washington responsabiliza os oito funcionários, incluindo o ministro do Interior, Yuri Karaiev, pelas "ações fraudulentas ou violentas do governo bielorrusso" e os seus ativos nos Estados Unidos estão, por isso, congelados.
No entanto, o Presidente bielorrusso, Alexander Lukashenko, não é pessoalmente visado.
Estas sanções foram aplicadas em conjunto com o Reino Unido, Canadá e União Europeia, especificou a nota.
O anúncio de Washington chegou poucas horas depois do da União Europeia, cujos líderes deram hoje luz verde para sancionar o regime no poder na Bielorrússia, mas não Alexander Lukashenko. Cerca de quarentena funcionários bielorrussos são afetados por este congelamento de ativos e a proibição de entrar no território.
A Bielorrússia retaliou rapidamente, impondo sanções em respostas às da UE.
O Canadá e o Reino Unido já tinham anunciado sanções contra o regime, neste caso visando Lukashenko, o seu filho, Viktor Lukashenko, e Igor Sergeyenko, o chefe da administração presidencial.
As presidenciais de 09 de agosto na Bielorrússia deram a vitória a Alexander Lukashenko, no poder há 26 anos, atribuindo-lhe 80% dos votos e 10% à sua principal rival, Svetlana Tikhanovskaya.
As eleições foram, no entanto, consideradas fraudulentas, sendo contestadas pela oposição e não reconhecidas pela UE e, desde então, têm-se multiplicado as manifestações nas ruas da Bielorrússia, apesar das repressões das autoridades.
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