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Dezenas de migrantes atiram-se ao mar na costa da Sicília após resgate

Setenta e cinco migrantes atiraram-se ao mar hoje de manhã depois de a embarcação da organização não-governamental (ONG) Open Arms os ter resgatado, numa tentativa de nadar até à costa da Sicília, disse a ONG em comunicado.

Dezenas de migrantes atiram-se ao mar na costa da Sicília após resgate
Notícias ao Minuto

17:37 - 17/09/20 por Lusa

Mundo Migrações

"Enquanto esperávamos por instruções de como desembarcar em frente ao porto de Palermo, 75 pessoas saltaram para a água para tentar nadar até à costa. Agora estão todas a salvo depois de serem resgatadas pela Guarda Costeira italiana", explicou a Open Arms.

Já na quarta-feira dez migrantes tinham saltado para o mar ao largo da costa sul da Sicília quando foram informados de que Malta tinha recusado acolhê-los.

No navio estão "188 pessoas, entre mulheres e adolescentes, além de duas crianças" e a ONG disse que aguarda ainda "saber quando e como" desembarcar.

A Open Arms disse ter resgatado mais de 270 pessoas durante a sua missão, em três operações de resgate separadas, incluindo duas em águas de Malta.

"As pessoas resgatadas estão em condições extremamente vulneráveis", prosseguiu a ONG, citando um grupo de pessoas que "ficaram à deriva por três dias sem água ou comida".

Segundo a equipa médica a bordo do navio da ONG, alguns apresentam "queimaduras de terceiro grau, problemas de saúde e sintomas de stress pós-traumático devido à violência sofrida nos países de origem e de trânsito".

A Open Arms denunciou ainda a "recusa repetida de Malta em dar porto seguro para desembarcar e retirar casos médicos graves" enquanto todos aqueles que ajudam estão "a fugir da violência nos países de origem e arriscar a vida no mar à procura de um futuro melhor" para eles e as suas famílias.

O ministro dos Negócios Estrangeiros de Malta, Evarist Bartolo, disse entretanto que o país recusou receber os migrantes a bordo do Open Arms porque os seus centros de acolhimento estão lotados.

"Não podemos acolhê-los, os nossos centros estão repletos, tão lotados que não podemos acolher mais ninguém".

O ministro disse que este ano chegaram 2.400 migrantes à ilha, que se juntaram aos 3.400 que chegaram no ano pasado.

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