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Afeganistão: Pompeo chega a Doha para participar nas negociações de paz

O secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, chegou hoje ao Qatar para participar no lançamento, no sábado, das negociações de paz entre os talibãs e o Governo do Afeganistão, que prometem ser longas e difíceis.

Afeganistão: Pompeo chega a Doha para participar nas negociações de paz
Notícias ao Minuto

18:31 - 11/09/20 por Lusa

Mundo Afeganistão

O chefe da diplomacia dos EUA referiu-se a estas negociações como "conteciosas", mas admitiu que são o único caminho a seguir se os afegãos aspiram à paz, após décadas de conflito.

Pompeo pediu às duas partes para "não desperdiçarem" esta oportunidade histórica de terminar um longo conflito, embora tenha reconhecido que as negociações vão ser difíceis.

"Cabe aos afegãos decidir como avançar para tornar a vida melhor para o seu povo", disse o secretário de Estado, à sua chegada a Doha.

"Demorámos mais do que eu gostaria, mas esperamos que na manhã de sábado os afegãos se sentem à mesa juntos e preparados para o que serão negociações contenciosas sobre como fazer o país evoluir", disse Pompeo.

Ao fim de 19 anos de conflito, Washington decidiu assinar tréguas com os talibãs do Afeganistão, em fevereiro, num acordo que inclui a retirada de tropas norte-americanas da região, em troca de promessas vagas dos rebeldes.

"Viemos a Doha dizer aos talibãs que nunca terão sucesso pela força", disse Abdul Hafiz Mansour, membro da delegação governamental afegã, ao chegar ao Qatar, para participar nas negociações.

"Chegou a hora de nos reconciliarmos, de podermos resolver os nossos problemas, conversando uns com os outros", acrescentou o enviado de Cabul.

Os talibãs sempre se recusaram a reconhecer o Governo de Cabul, que consideram ser um "fantoche" de Washington, tendo feito pressão para que o Afeganistão se transforme no "emirado" onde a lei seria ditada pelo Islão.

Do lado do Governo afegão, o intuito é recuperar a paz e manter a jovem República, respeitando a Constituição, que consagrou muitos direitos para a população, nomeadamente para as mulheres, que conquistaram mais liberdades.

Para os Estados Unidos, estas negociações são importantes, para garantir que a região não implode sobre um novo conflito, após a retirada das forças militares da coligação internacional, ao mesmo tempo que servem para, eleitoralmente, Trump tentar tirar proveito político, invocando o seu papel na pacificação da região.

Numa entrevista, na quinta-feira, o Presidente Donald Trump considerou estas negociações "emocionantes" e repetiu que Washington deve reduzir o seu contingente militar naquele país para 4.000 soldados, já em novembro.

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