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Macron afirma apoio à soberania do Iraque face às "ingerências"

O Presidente francês, Emmanuel Macron, afirmou hoje em Bagdad o seu apoio à "soberania" do Iraque face às "ingerências estrangeiras" que fragilizam o país, submetido à tensão entre dois aliados, Washington e Teerão.

Macron afirma apoio à soberania do Iraque face às "ingerências"
Notícias ao Minuto

16:13 - 02/09/20 por Lusa

Mundo Iraque

Vindo de Beirute, Macron assegurou ainda que a França continuará a "agir ao lado" do Iraque na luta contra os 'jihadistas', que, adiantou, "não terminou apesar de se ter derrotado o califado" do grupo Estado Islâmico (EI) em 2017.

"O Iraque vive tempos de desafio há vários anos, marcados pela guerra e pelo terrorismo", declarou o chefe de Estado francês, na primeira visita ao país desde a sua eleição em 2017.

"Têm uma transição a fazer" e a França deseja apoiá-la, adiantou após um encontro com o seu homólogo, Barham Saleh.

Macron não deve estar mais do que algumas horas em Bagdad, o tempo para se encontrar com os principais responsáveis políticos, entre os quais o novo primeiro-ministro, Mustafa al-Kazimi, e para discutir o lançamento, "em conjunto com as Nações Unidas, de uma iniciativa de apoio a um processo de soberania", cujos contornos ainda não são claros.

O Iraque está "preso" há anos entre os seus dois parceiros mais importantes, Washington e Irão, uma posição ainda mais difícil desde 2018 com a campanha de "pressão máxima" dos Estados Unidos e do seu Presidente, Donald Trump, contra o Irão.

Na primavera, Paris e os seus parceiros europeus apelaram à diminuição da tensão, numa altura em que esta aumentou significativamente, numa reação à morte do general iraniano Qassem Suleimani em Bagdad num ataque aéreo norte-americano, ao qual Teerão respondeu atacando militares norte-americanos no Iraque.

Os Estados Unidos têm vindo gradualmente a diminuir o seu envolvimento no Iraque e o presidente Donald Trump reafirmou a 21 de agosto a sua vontade de retirar tropas do país, onde se encontram cerca de 5.000 militares e diplomatas norte-americanos.

O vizinho iraniano dispõe no território iraquiano do apoio crucial do Hachd al-Chaabi, uma coligação paramilitar integrada no Estado e que pediu no parlamento a expulsão dos soldados norte-americanos.

A relação entre Bagdad e Teerão deve ser "de Estado a Estado e não através de milícias", declarou recentemente o chefe do governo iraquiano.

Para Emmanuel Macron, a comunidade internacional tem "interesse" em apoiar "o projeto do governo iraquiano de realizar reformas e diversificar a sua economia", também para responder ao movimento de contestação popular.

Segundo maior produtor da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (OPEP), o Iraque foi fortemente afetado pela queda dos preços do petróleo e a pandemia do novo coronavírus agravou as dificuldades.

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