"Na noite de sexta-feira, um 'rocket' foi lançado da Faixa de Gaza para o território israelita. Em resposta, os tanques do exército atacaram os postos militares do Hamas no sul de Gaza", referiu hoje em comunicado o exército israelita.

Esse episódio eleva para 11 o número de noites consecutivas de bombardeamentos israelitas sobre o enclave palestiniano, principalmente em resposta ao lançamento de balões incendiários e, nos últimos dias, ao lançamento de 'rockets' sobre Israel.

O 'rocket' lançado na noite de sexta-feira por militantes do Hamas em Gaza foi intercetado pelo sistema de defesa aérea israelita Iron Dome, após soar os alarmes na cidade de Sderot.

Esta noite de violência ocorre num contexto de tensão incessante na fronteira, que começou há quase três semanas com o lançamento de balões incendiários e explosivos a partir da Faixa de Gaza, que causaram centenas de incêndios nas comunidades israelitas vizinhas.

O pico do atual confronto ocorreu durante as primeiras horas de sexta-feira, quando os palestinianos dispararam 12 foguetes contra Israel, que responderam com três bombardeamentos retaliatórios.

Embora os confrontos não tenham causado ferimentos graves, foram registados danos na infraestrutura civil, incluindo a destruição na sexta-feira de parte de uma residência familiar em Sderot, como resultado do impacto de estilhaços após a intercetação de um dos 'rockets' lançados em direção a cidade.

Os ataques israelitas tinham até agora sido contra alvos militares onde não há pessoas, mas os civis em Gaza também enfrentam as consequências da violência, tanto pelo medo causado pelos bombardeamentos no meio da noite quanto pelo aumento do bloqueio por Israel como medida punitiva.

Primeiro, foi o encerramento da única passagem de fronteira por onde produtos entram no enclave, depois a redução e posterior encerramento total da zona de pesca no Mar Mediterrâneo, além da interrupção da importação de combustível, o que obrigou a única central elétrica de Gaza a fechar e a deixar a população com apenas três ou quatro horas de eletricidade por dia.

Mediadores egípcios continuam a tentar restaurar a tranquilidade na área, mas as hostilidades continuam e tanto o Hamas quanto o governo israelita continuam a aumentar a sua retórica e trocando ameaças.

Segundo analistas e fontes palestinianas, a intenção do movimento islâmico é de que Israel amenize as condições do bloqueio que está em vigor desde 2007.

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