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Bielorrússia: Polónia e Lituânia anunciam ajuda a opositores

A Polónia e a Lituânia anunciaram hoje uma ajuda aos opositores bielorrussos, após quase uma semana de manifestações reprimidas com violência na sequência da reeleição do Presidente Alexandre Lukashenko para um sexto mandato.

Bielorrússia: Polónia e Lituânia anunciam ajuda a opositores
Notícias ao Minuto

20:55 - 14/08/20 por Lusa

Mundo Bielorrússia

O Governo polaco tem previsto o montante de 11 milhões de euros para ajudar os bielorrussos a obterem vistos e financiar a sua instalação na Polónia e para apoiar os media independentes e as organizações não-governamentais na Bielorrússia, anunciou no parlamento o primeiro-ministro, Mateusz Morawiecki.

Estão ainda previstas bolsas para os estudantes bielorrussos continuarem os seus estudos em universidades polacas.

A Lituânia, por seu turno, propôs-se tratar os manifestantes bielorrussos feridos durante as manifestações e sugeriu a criação de um fundo da União Europeia (UE) para ajudar "as vítimas de repressão".

O Presidente lituano, Gitanas Nauseda, e a candidata derrotada nas presidenciais na Bielorrússia Svetlana Tikhanovskaia, que obteve asilo na Lituânia, evocaram durante uma conversa telefónica as perspetivas de um "diálogo pacífico" com o Governo bielorrusso.

Tikhanovskaia declarou ao Presidente lituano que estava pronta "a assumir as suas responsabilidades para contribuir para a aplicação" do plano de mediação apresentado na quarta-feira pela Letónia, Lituânia e Polónia, indicou à agência France-Presse o porta-voz da presidência, Antanas Bubnelis.

A opositora bielorrussa agradeceu ao Presidente a sua iniciativa e confirmou que a sua missão era "a busca de um diálogo pacífico", segundo o porta-voz.

Os presidentes daqueles três países vizinhos da Bielorrússia e membros da UE apelaram a Alexandre Lukashenko para criar um "conselho nacional" de reconciliação, reunindo representantes do Governo e da sociedade civil, sob pena de sanções do bloco europeu, e propuseram a sua mediação "para resolver a crise na Bielorrússia".

Os chefes de diplomacia da União Europeia acordaram hoje impor sanções ao regime de Minsk na sequência das eleições presidenciais de domingo passado, visando os responsáveis pela alegada fraude nos resultados e pela repressão violenta das manifestações.

"A UE não aceita os resultados das eleições. Começam os trabalhos para sancionar os responsáveis pela violência e falsificação" dos resultados, anunciou o Alto Representante da União para a Política Externa, Josep Borrell, na rede social Twitter.

Com a 'luz verde' hoje dada pelos 27, terá início o processo para selecionar os responsáveis a serem sancionados, isto depois de a UE ter levantado em 2016 a maior parte das sanções contra o regime de Minsk por considerar que estavam a ser dados "passos positivos".

A Comissão Eleitoral Central bielorrussa informou na segunda-feira que Alexander Lukashenko, no poder desde 1994, obteve 80,23% dos votos e que Svetlana Tikhanovskaia conseguiu 10% dos votos.

Mais de 6.700 pessoas foram presas desde domingo durante ações de protesto e centenas dos já libertados relataram cenas de tortura sofridas na prisão.

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