Bashar al-Assad critica "escalada" de sanções contra o país
O Presidente sírio, Bashar al-Assad criticou hoje as últimas sanções norte-americanas previstas pela "lei César", que considerou uma nova "escalada" contra o seu país destruído pela guerra e uma grave crise económica.
© Reuters
Mundo Síria
O chefe de Estado, que falava perante os novos deputados eleitos em julho, declarou que as sanções da "lei César", que entraram em vigor em meados de junho, constituem "uma nova etapa na escalada" contra a Síria.
Esta etapa "não difere em substância de tudo o que a precedeu", disse, sublinhando que "continua a escalada para estrangular o povo sírio".
A "lei César" amplia o alcance das sanções. Prevê o congelamento da ajuda à reconstrução e medidas contra entidades estrangeiras que colaboram com o governo, assim como, de forma inédita, contra entidades russas e iranianas presidentes na Síria. Moscovo e Teerão são aliados do regime sírio.
Devido às medidas impostas para conter a propagação do novo coronavírus, os 250 deputados, de máscara e luvas, reuniram-se numa vasta sala do palácio presidencial e não no parlamento.
Assad sublinhou, por outro lado, que "a luta contra a corrupção se intensificou nos últimos anos", prometendo: "Vamos continuar a recuperar os fundos públicos desviados, por meios legais".
O seu governo está atualmente envolvido num "braço de ferro" inédito com o primo do Presidente, Rami Makhlouf, à frente de um império comercial avaliado em vários milhares de milhões de dólares e que inclui a Syriatel, o primeiro operador de telemóveis no país.
"Não haverá favoritismo para quem pensa estar acima da lei", insistiu Assad.
Numa série de vídeos divulgados na rede social Facebook a partir do início de maio, Makhlouf, na lista dos sancionados pelos Estados Unidos desde 2008, interpela o seu primo Bashar al-Assad exigindo a sua intervenção, acusando as autoridades de o tentarem intimidar para extrair dinheiro dos seus negócios.
Devastada por uma guerra desde 2011, que causou mais de 380.000 mortos, a Síria enfrenta uma grave crise económica, marcada por uma desvalorização da libra síria e um aumento muito significativo da inflação.
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