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Deputados angolanos aprovam proposta de lei para envio de missões

A Assembleia Nacional aprovou hoje, na generalidade, por unanimidade, a proposta de Lei sobre o Envio de Contingentes Militares e Paramilitares Angolanos ao Exterior do País, que responde aos reiterados convites para Angola participar em missões de paz.

Deputados angolanos aprovam proposta de lei para envio de missões
Notícias ao Minuto

14:43 - 12/08/20 por Lusa

Mundo Militares

A proposta de lei, aprovada com 180 votos a favor, nenhum contra e sem abstenções, visa regular o quadro normativo que define os termos e condições para o envio de contingentes militares e paramilitares angolanos para o estrangeiro, em missões humanitárias, de manutenção e restabelecimento de paz ou de gestão de crise, bem como missões decorrentes de compromissos assumidos pelo Estado angolano no âmbito da defesa e segurança.

Na apresentação da proposta de lei, o secretário de Estado para a Defesa Nacional, José Maria de Lima, frisou que Angola é membro da Organização das Nações Unidas (ONU), da União Africana (UA) e de outras organizações sub-regionais, e que o país participa nos processos que visam a manutenção da paz e a segurança mundial.

José Maria de Lima realçou a experiência do país no processo de pacificação interna e na resolução de alguns conflitos regionais, bem como nas ações de ajuda humanitária, que constituem hoje uma referência internacional.

Segundo o governante angolano, a presença de Angola, duas vezes, como membro do Conselho de Segurança da ONU e recentemente no Conselho de Paz da UA aconselha o país a implementar um sistema para as operações de apoio à paz e ajuda humanitária.

O secretário de Estado enumerou a presença de missões militares angolanas de prevenção no reino do Lesoto, entre 2017 e 2018, e o envio de uma missão humanitária e de solidariedade a Moçambique no quadro dos ciclones tropicais (Idai) e cheias, com epicentro na região da Beira.

Entretanto, a missão militar angolana no Lesoto contou com o acompanhamento de deputados, que integraram delegações para missões de verificação do grau de prontidão e o estado psicológico das tropas no cumprimento da missão, informou José Maria de Lima.

"Esta experiência reforçou a ideia da necessidade de se proceder à conformação do ato à norma, para se preencher efetivamente o vazio existente no nosso ordenamento legal interno", sublinhou.

A situação humanitária, com a finalidade de dar ajuda, salvamento de vidas, apoio alimentar e outros, também não deve prescindir do fundamento legal, "que deve nortear os Estados democráticos de direito", prosseguiu o governante angolano.

Sobre a proposta de lei, o grupo parlamentar da União Nacional para a Independência Total de Angola (UNITA) disse que votou a favor, porque augura que, num futuro próximo, esteja plasmado, de forma tácita, na Constituição da República, o pedido de autorização por parte do chefe de Estado à Assembleia Nacional sobre a movimentação de contingentes militares e paramilitares para o exterior seja qual for o caráter da missão a ser cumprida.

Já o grupo parlamentar do Movimento Popular de Libertação de Angola (MPLA) enalteceu o executivo por ter submetido a proposta de lei ao parlamento, lembrando que a Constituição da República consagra a participação de Angola no quadro das organizações regionais ou internacionais em forças de manutenção de paz e em sistemas de recuperação militar e de segurança coletiva.

Segundo o deputado Roberto Leal Monteiro "Ngongo", em nome da bancada parlamentar do MPLA, o esforço efetuado por Angola em garantir a paz no Lesoto e na ajuda a Moçambique, aquando das cheias, "é bem demonstrativo que a República de Angola é um país vocacionado para a paz e segurança".

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