Relações dos EUA com a China estão "severamente danificadas"
O Presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse hoje que as relações do seu país com a China ficaram "severamente danificadas" com a pandemia de covid-19 e antevê difícil uma segunda fase do acordo comercial bilateral.
© Reuters
Mundo Donald Trump
No início do ano, Estados Unidos e China pareciam empenhados em encontrar um fim para a guerra comercial que dura há dois anos e assinaram a 'Fase Um' de um novo acordo económico, com promessas de entendimento diplomático.
Contudo, com a pandemia de covid-19, as tensões entre os dois países aumentaram, com queixas mútuas de má gestão da crise sanitária, com os EUA a acusar a China, epicentro inicial do novo coronavírus, de não terem dado um alerta atempado sobre os riscos iminentes.
Hoje, durante a viagem para um comício na Florida, Trump insistiu, em declarações aos jornalistas, que a China "poderia ter parado" a pandemia, mas que "não o quis fazer", reconhecendo que as relações entre os Estados Unidos e a China estão "severamente danificadas" depois desta crise.
Questionado sobre se haveria uma 'Fase Dois' do acordo comercial com a China, Trump respondeu que ainda não tinha pensado nisso.
"Sinceramente, tenho outras coisas em que pensar", disse o Presidente, que nas últimas semanas chegou mesmo a ameaçar cortar todas as relações diplomáticas entre Washington e Pequim.
A Fase Um do acordo comercial também ainda não está totalmente cumprida, já que ficou dependente da compra, por parte da China, de um elevado valor em importações de produtos norte-americanos, nomeadamente agrícolas, o que ainda não aconteceu.
Pequim não reconhece qualquer falha nos compromissos com os EUA e, esta semana, o ministro dos Negócios Estrangeiros chinês, Wang Yi, apelou a uma reconciliação entre os dois países, propondo a elaboração de uma lista de questões em disputa, para que seja encontrada uma solução diplomática.
A pandemia de covid-19 já provocou 555 mil mortos e infetou mais de 12,2 milhões de pessoas em 196 países e territórios, segundo um balanço feito pela agência francesa AFP.
A doença é transmitida por um novo coronavírus detetado no final de dezembro, em Wuhan, uma cidade do centro da China.
Os Estados Unidos são o país com mais mortos (133.291) e mais casos de infeção confirmados (mais de 3,1 milhões).
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