"A relação entre os Estados Unidos e o México nunca foi tão boa como é agora", destacou o republicano Trump, eleito em 2016 e que apresentou na ocasião a promessa de construir um muro na fronteira entre os dois países.

Segundo noticia a agência AFP, durante a sua campanha, Donald Trump chamou ainda os emigrantes latinos de "pessoas sujas" e acusou o Governo mexicano de enviar assassinos e violadores para os Estados Unidos.

O primeiro encontro entre os dois líderes, realizado na Sala Oval da Casa Branca, pretendeu celebrar a entrada em vigor do novo acordo de comércio da América do Norte.

"Cada um de nós foi eleito com a promessa de combater a corrupção, restaurar o poder do povo e favorecer os interesses dos nossos países", realçou Donald Trump, dirigindo-se a López Obrador, eleito chefe de Estado do México em 2018.

Citado pela agência EFE, o Presidente norte-americano elogiou ainda os mexicanos.

"São gente trabalhadora e são gente incrível. São uma grande percentagem de proprietários de empresas. Têm muito êxito", realçou.

O Presidente mexicano agradeceu a compreensão de Trump e afirmou não existirem razões para que as "boas relações políticas" entre os dois países se deteriorem.

"Respeitando a nossa soberania, em vez de nos distanciarmos, estamos a escolher caminhar juntos em direção ao futuro. Estamos a privilegiar a compreensão que nos une e a deixar de lado as diferenças, ou a resolvê-las com diálogo e respeito mútuo", destacou López Obrador.

O novo acordo comercial substitui o Acordo de Livre Mercado da América do Norte (NAFTA, na sigla em inglês), que tinha sido estabelecido em 1994 entre os Estados Unidos e os seus dois principais mercados de exportação.

Este acordo começou a ser negociado em 2017 e já tinha sido assinado pelo México e pelo Canadá, em 2018, constituindo a resposta a uma promessa eleitoral do Presidente norte-americano de renegociar um acordo que considerava danoso dos interesses dos interesses norte-americanos.

Entre os críticos do novo acordo estão grupos ambientalistas, preocupados com o facto de as novas regras não terem tido em conta as alterações climáticas.

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